Texto ainda precisa passar pelo Senado, onde deve encontrar resistência dos conservadores
A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na madrugada desta sexta-feira, 11, o aborto no país até a 14ª semana de gravidez. Foram 131 votos a favor, 117 contra e 6 abstenções. O texto segue para o Senado, onde deve encontrar resistência dos conservadores, apesar de ser presidido pela vice-presidente Cristina Kirchner. A data da sessão ainda está indefinida, mas a nova votação ocorrerá ainda neste mês. Caso seja aprovada, passa a ser lei. Conservadores acampados defronte ao Congresso Nacional chamaram os parlamentares de “assassinos”. Por outro lado, movimentos feministas e outras denominações de extrema esquerda, também no local, comemoraram a aprovação da medida.
Hoje, a argentina permite à mulher abortar apenas em caso de estupro e de risco de vida da mãe. Caso seja aprovada no Senado, a nova legislação permitirá que a interrupção da gravidez seja realizada até a 14ª semana de gestação. Esse limite, porém, pode ser ampliado. O projeto prevê que a maioria dos casos seja atendida de forma ambulatorial, com a entrega de comprimidos abortivos. Apenas os casos mais avançados ou complicados demandariam intervenção cirúrgica. O projeto de lei é uma das bandeiras dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Sem base científica, o presidente do país garante que a aprovação do aborto vai salvar a vida de milhares de mulheres.
Leia também: “O populismo pobre da Argentina”, reportagem publicada na edição n° 30 da Revista Oeste
Quod erat demostrandum !!!!
Feliz Sr. Bergoglio ???