Nesta quarta-feira, 4, o Porto de Bahía Blanca, no sul da Província argentina de Buenos Aires, completa o sexto dia seguido de bloqueio realizado por um grupo de caminhoneiros. A unidade embarcou 9,1 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e derivados para o exterior em 2020.
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Os motoristas reivindicam a adoção de valor mínimo para o frete e a suspensão da lei que regulamenta o peso e a potência dos caminhões utilizados no transporte de mercadorias. Em vigor desde a quinta-feira 29, a regra estabelece que até 3 de dezembro de 2022 podem circular veículos com relação potência/peso entre 3,25 e 4,25, limitados a 45 toneladas de peso bruto combinado — capacidade inferior à de muitos caminhões mais antigos ainda em atividade.
De acordo com a imprensa do país, as exportações de milho no local estão paralisadas. O jornal La Nación informa o aumento de 30% do fluxo na instalação devido à seca no Rio Paraná, cuja baixa prejudica as operações portuárias em Gran Rosario. Os autores do protesto abriram as carretas com grãos, despejando a carga.
“O impedimento da entrada de caminhões nos terminais de Bahía Blanca é absolutamente ilegal e afeta o porto que está ajudando a exportar o que o Paraná não nos deixa devido à emergência hídrica. O governo provincial deve agir rapidamente para garantir a livre circulação”, disse, ao La Nación, Gustavo Idígoras, presidente da Câmara da Indústria do Petróleo da República Argentina e do Centro Exportador de Cereais. Um produtor afirmou que “nenhum caminhoneiro quer carregar porque tem medo.”
A Argentina está a cada dia pior.