O cantor Robert Sylvester Kelly, mais conhecido como R. Kelly, foi condenado nesta quarta-feira, 29, a 30 anos de prisão por abuso e tráfico sexual. O homem, de 55 anos, liderava a rede de abuso usando a fama para encontrar as vítimas, que eram meninas e mulheres.
“Uma longa pena de prisão vai impedir que outros ricos, famosos e com excesso de poder cometam esse tipo de crime”, escreveu a promotoria, que pediu a condenação de mais de 25 anos para o cantor.
O cantor foi considerado culpado por um júri formado por cinco mulheres e sete homens. Os advogados de defesa solicitaram que a pena não ultrapassasse dez anos, o que não foi acatado. De acordo com a promotoria, a equipe do R. Kelly o apoiava ou ignorava os comportamentos criminosos.
As mulheres vítimas do cantor estavam orando no momento em que a juíza Ann Donnelly lia a sentença. R. Kelly, que estava preso desde 2019, não demonstrou nenhuma reação ao ouvir a pena. “Ele deixou um rastro de vidas quebradas”, disse a juíza.
O julgamento federal de R. Kelly começou em setembro do ano passado e durou cinco semanas, mas a sentença só saiu agora. Na época, o tribunal ouviu depoimentos de pessoas acusando o cantor de traficar mulheres em diferentes Estados dos EUA. Segundo os depoimentos, R. Kelly era auxiliado por gerentes, seguranças e outras pessoas de sua equipe.
Além disso, o cantor de I Believe I Can Fly também foi acusado de obter documentos ilegais para se casar com a cantora Aaliyah, quando ela ainda tinha 15 anos e ele 27, em 1994. O matrimônio foi anulado meses depois.
A defesa de R. Kelly informou que o cantor cresceu em um lar pobre e cheio de violência doméstica e que sofreu abuso sexual desde criança. Os advogados pretendem recorrer da sentença. O homem vai a julgamento, novamente, em agosto deste ano. Contudo, as novas acusações são por imagens de sexo infantil.
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