O Chile realiza neste domingo, 21, eleições que vão escolher o novo presidente, além de senadores, deputados e conselheiros regionais. A votação termina no fim da tarde. Ao todo, sete candidatos disputam o Palácio de La Moneda.
A tendência é que a eleição presidencial vá para o segundo turno (19 de dezembro) entre o candidato direitista José Antonio Kast (Partido Republicano) e o esquerdista Gabriel Boric (Convergência Social).
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Pela primeira vez em 16 anos, nenhuma das duas figuras políticas mais conhecidas do Chile na atualidade vão disputar: o atual presidente, Sebastián Piñera, e a ex-presidente Michelle Bachelet, que se alternaram no poder neste período.
Piñera enfrenta forte rejeição popular e acabou de escapar de um processo de impeachment, já Bachelet é alta comissária da ONU para os Direitos Humanos.
O voto é facultativo no país, e nas últimas duas grandes eleições a participação não passou de 50% do total de eleitores.
José Antonio Kast
Conservador, Kast é um advogado de 55 anos. Ele mostra simpatia pela ditadura de Augusto Pinochet (1973 a 1990).
Em seu programa presidencial, propõe diminuir a presença do Estado nas instituições, reduzir impostos, privatizar empresas estatais e eliminar o Ministério da Mulher e da Equidade de Gênero.
Kast já fez elogios ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e ao presidente Jair Bolsonaro, com quem se encontrou pessoalmente em 2018, no Rio de Janeiro.
Gabriel Boric
O atual deputado concorre em uma aliança entre a Frente Ampla e o Partido Comunista do Chile. Aos 35 anos, idade mínima para ser presidente do país, ele projetou sua carreira política a partir do movimento estudantil.
A articulação de sua candidatura se desenhou como continuidade das mobilizações para a implantação de uma nova Constituição ao país. A redação da nova Carta Magna deverá ser concluída até outubro de 2022.
Boric tem defendido um modelo de Estado semelhante ao de bem-estar social de alguns países europeus. Ele também propõe a criação de uma aposentadoria mínima de 250 mil pesos (cerca de R$ 1,7 mil).
Outros candidatos
Sebastián Sichel, 44 anos, é o candidato do governo Piñera. Na economia, defende o mercado livre aliado a um Estado forte. Ele corre por fora na disputa, e não está entre os favoritos.
No campo da esquerda, também participam do pleito o esquerdista Marco Enríquez Ominami e a democrata-cristã Yasna Provoste, além de Eduardo Artés, dirigente do Partido Comunista Chileno Ação Proletária, uma dissidência do Partido Comunista do Chile.
O sétimo candidato é Franco Parisi, que realizou toda a sua campanha pela internet a partir dos Estados Unidos, o que tem gerado críticas dos demais concorrentes.
Sua ausência do país coincide com uma ação judicial pelo não pagamento de pensão alimentícia a dois filhos. Na semana passada, o candidato anunciou que está com covid-19 e, devido ao isolamento social, ficará nos Estados Unidos no dia das eleições.
O viés da Revista Oeste está, a cada publicação , revelando-se
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Ultraconservador?? O que é isto, Oeste? Imagino que seja um Pithecanthropus Erectus andando por aí, ainda.