Em plebiscito realizado neste domingo, 17, os chilenos rejeitaram a formulação de uma nova Constituição. Com o resultado, a Carta Magna promulgada em 1981, durante a ditadura do general Augusto Pinochet, seguirá em vigor no país sul-americano.
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Conforme os resultados oficiais, o “não” à nova Constituição recebeu o equivalente a 55,8% dos votos. O “sim”, em favor de alterar o texto que rege as leis no Chile, contou com 44,2% dos votos.
Formulada pela Assembleia Constituinte do Chile, que é composta em sua maioria por parlamentares de direita, o texto da nova Constituição reforçava direitos como o respeito à propriedade privada. A proposta também especificava regras para combater a imigração ilegal e permitiria, em determinados casos, a conversão do encarceramento em prisão domiciliar para condenados pela Justiça.
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Rejeitada pelos chilenos, a nova Constituição também criaria mais normais contra a legalização do aborto no país. Um dos artigos estabeleceria, por exemplo, que “a lei protegeria a vida de quem está para nascer”. A versão atual usa a definição “do que” em vez de “quem”.
Caso a Carta Magna fosse aprovada, os esquerdistas ficariam preocupados. Isso porque, justamente na parte de proteção à vida, eles acreditam que a mudança iria inviabilizar os três casos em que o aborto atualmente é legalizado no Chile: gravidez em decorrência de estupro, constatação médica de risco de a gestante morrer e “feto inviável”.
Essa foi a segunda proposta de nova Constituição rejeitada pelos chilenos em questão de meses. Anteriormente, um texto de 2022, que foi formulado por lideranças de esquerda e teve apoio público do presidente Gabriel Boric, também não passou pelo aval do povo.
Diante da decisão de chilenos, presidente se pronuncia sobre rejeição à nova Constituição
Assumidamente de esquerda, Boric se manifestou na noite deste domingo, 17. Contrário à possibilidade de que a versão do texto formado por seus opositores de direita fosse aprovada pela maioria dos chilenos, o presidente afirmou não ter o que comemorar. Antes do plebiscito, ele já havia avisado que não tentaria aprovar uma nova Carta Magna para o país.
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“Sem comemoração, sem arrogância”, afirmou Boric, em pronunciamento que teve 11 minutos de duração. “Bola no chão, humildade e trabalho, muito trabalho.”
Presidente Gabriel Boric se refiere a los resultados del #PlebiscitoConstitucional2023 https://t.co/C3XGuH4bS3
— Presidencia de Chile (@Presidencia_cl) December 18, 2023
É curioso que esta notícia esteja sendo avaliada para Não Gostei por 29 contra os que Gostei 5. Será que os leirores do Oeste são esquedistas?
Acho que os chilenos sabiam bem o que viria pela frente. Essa história de congresso de ” direita” , não sei não. Melhor deixar como está, que até agora deu certo. Só ver o que houve no Brasil depois de 1988. Ladeira abaixo. Eram melhor ter ficado com a constituiçáo do regime militar.
Me preocupa esse tema, ou outro qualquer para realização de plebiscito no Brasil:
1. risco da pergunta proposta ser maldosamente tendenciosa a ponto de confundir cidadãos que mal conseguem interpretar textos.
2. Elevada abstenção para curtir a picanha e a cervejinha.
2. emprego das urnas NÃO AUDITÁVEIS em uso
3. Os constituintes sejam os mesmos que reconduziram Omisso Pacheco e que estão prestes a renomear Alcolumbre, e com chave de ouro, aprovaram Dino Sauro para destruir opositores.
Vc tem razão, aqui nada é tão ruim que não possa piorar. Muitos dos que votam mal conseguem rabiscar o próprio nome, então basta acenar com cerveja, picanha, bolsa isso e aquilo, paga por quem produz, e, pimba!, aprovam qq coisa, até a pena de morte.