Um tribunal de Xangai, na China, condenou o bilionário sino-canadense Xiao Jianhua a 13 anos de prisão e o pagamento de uma multa de US$ 8,1 bilhões. Ele é fundador do conglomerado Tomorrow Holdings, responsável por diversos negócios no país como imóveis, bancos e seguros. A sentença foi divulgada na sexta-feira 19.
Ele foi considerado culpado de desvio de fundos públicos, uso ilegal de fundos e corrupção, informou em comunicado o Tribunal Popular Intermediário de Xangai. Segundo o tribunal, a punição foi mitigada porque o magnata admitiu seus crimes e cooperou na recuperação de ganhos ilegais e na restauração de perdas.
Xiao, nascido na China, é conhecido por ter ligações com a elite do Partido Comunista do país.
De 2001 a 2021, Xiao e Tomorrow deram ações, imóveis, dinheiro e outros ativos a funcionários do governo, totalizando mais de US$ 100 milhões, para fugir da supervisão financeira e buscar benefícios ilegítimos, informou o tribunal.
Em julho de 2020, nove das instituições relacionadas ao grupo foram apreendidas por reguladores chineses como parte de uma repressão aos riscos representados por conglomerados financeiros.
Xiao está desaparecido há cinco anos
O bilionário está desaparecido desde 2017, quando foi sequestrado por agentes de Pequim que invadiram Hong Kong, onde vivia.
Até seu desaparecimento, Xiao morava em um apartamento dentro de um hotel cinco estrelas que tinha a reputação de ser um paraíso para os magnatas chineses. O caso causou polêmica na antiga colônia britânica, que tem um sistema jurídico diferente daquele que vigora na China continental.