O ditador da China chegou à Rússia na segunda-feira 20 e reafirmou aliança com Vladimir Putin, em um claro desafio aos EUA. O presidente russo foi indiciado por diversos crimes de guerra na Ucrânia pelo Tribunal Penal Internacional há três dias. Xi Jinping saudou as duas nações como “bons vizinhos e parceiros confiáveis”.
O secretário-geral do Partido Comunista chinês queria que seu país fosse reconhecido como mediador no conflito, mas as autoridades dos EUA temem o envolvimento da China, por sua proximidade com a Rússia.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que anteriormente advertiu que Pequim poderia fornecer armas à Rússia, disse na segunda-feira que a visita equivalia a uma “cobertura diplomática” para crimes de guerra russos.
Ao que parece, a China está dobrando sua aposta com Putin, e até fazendo referência às eleições presidenciais russas de 2024. Por meio de intérprete, disse estar certo de que o russo “tem grande apoio” popular para a disputa — Putin promoveu mudança constitucional em 2020 que lhe permitirá tentar ficar no Kremlin até 2036, quando terá 83 anos.
Moscou hospedou o ditador chinês por mais de quatro horas no Kremlin. De acordo com a agência de notícias oficial da China, Xinhua, o ditador disse que seu país está “disposto a continuar desempenhando um papel construtivo na promoção de uma solução política para a questão da Ucrânia”.
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