A China encerrou dois dias de exercícios militares perto de Taiwan, que incluíram simulações de ataques com bombardeiros e embarques em navios. A ação terminou neste sábado, 25.
Em seu canal militar, a televisão estatal chinesa informou que as manobras, denominadas Joint Sword – 2024A, concluíram-se como previsto. No entanto, a China não comentou oficialmente os exercícios.
China sobe o tom
Os exercícios foram uma resposta de Pequim ao discurso de posse do novo presidente de Taiwan, Lai Ching-te, que ocorreu na segunda-feira 20. Lai afirmou que Taiwan e China não são subordinados um ao outro — uma declaração que a China interpretou como uma indicação de que são nações separadas.
Ao considerar Taiwan parte de seu território, a China rotulou Lai de “separatista” e descartou suas propostas de negociação. Pequim enfatizou que somente o povo taiwanês pode decidir seu futuro.
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O gabinete presidencial de Taiwan condenou veementemente os exercícios militares chineses, descrevendo-os como uma grave ameaça à paz e estabilidade no Estreito de Taiwan. Eles classificaram as manobras como uma provocação clara à ordem internacional, o que gerou preocupação e condenação por parte da comunidade internacional.
As ações contra Taiwan
O Ministério da Defesa de Taiwan registrou a presença de 62 aeronaves militares chinesas e 27 navios durante os exercícios. Destes, 46 aviões cruzaram a linha do Estreito de Taiwan, uma divisão não oficial entre os dois territórios.
Aeronaves como os caças Su-30 e os bombardeiros H-6, com capacidade nuclear, foram observados sobre o estreito e sobre o Canal Bashi, que separa Taiwan das Filipinas. Imagens de um caça J-16 e de um bombardeiro H-6, capturadas por aviões da Força Aérea de Taiwan, foram divulgadas pelo ministério.
O governo de Taiwan reafirmou que não se deixará intimidar pela pressão de Pequim e que continuará a repudiar as reivindicações de soberania da China sobre a ilha.