O Departamento de Estado dos EUA ordenou na segunda-feira 11 que todos os funcionários governamentais que não exercem atividades emergenciais deixem Xangai, na China.
A medida é uma resposta às restrições cada vez mais rígidas adotadas pela China para conter o surto de covid-19.
Xangai está em lockdown desde o último dia 28 de março. Ontem, Guangzhou, sede de muitas empresas do país, também foi isolada pelas autoridades, depois de registrar 27 novos casos de covid-19.
Recentemente, as autoridades da China determinaram a separação de crianças com covid-19 dos pais não infectados. A medida se aplica aos menores de idade, incluindo os bebês.
O Departamento de Estado norte-americano, por isso, orientou também os cidadãos a reconsiderar as viagens à China, “devido à aplicação arbitrária das leis locais” e às restrições relacionadas à pandemia.
“Não viaje para a região administrativa de Hong Kong, Província de Jilin e município de Xangai, devido a restrições relacionadas à covid-19, incluindo o risco de pais e filhos serem separados”, afirmou o comunicado do governo.
Apesar das reclamações em Xangai sobre a escassez de alimentos e produtos básicos, a China está mantendo a estratégia de “covid zero”, que visa a eliminar o vírus com lockdowns rígidos e testagem em massa da população.
O governo de Pequim e a mídia estatal estão ficando cada vez mais na defensiva em relação às reclamações sobre as medidas de prevenção da covid-19, censurando mensagens postadas on-line e repreendendo críticos no exterior.