O jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ) noticiou na quarta-feira 6 que a China proibiu os funcionários de agências do governo central de usar iPhones em serviço. A proibição se estende a celulares de outras marcas estrangeiras.
O governo chinês deseja reduzir a dependência do país da tecnologia de fora, em especial a dos Estados Unidos. Com a notícia da proibição, as ações da Apple caíram 3,6% já no mesmo dia.
‘Made in China’ apenas
Gestores públicos estariam alertando seus subordinados a respeito da nova regra nas reuniões ou por meio de aplicativos de mensagens. A alternativa para esses servidores é fazer uso dos smartphones de fabricação nacional, com destaque para a gigante da tecnologia Huawei.
De acordo com uma fonte da CNN que tem contato frequente com essas agências estatais chinesas, já existia um acordo tácito entre as autoridades para evitar o uso de iPhone, desde antes da pandemia. O governo central só estaria formalizando esse pacto não dito.
Da geopolítica à economia
Do TikTok à Huawei, tecnologias chinesas também são alvo de restrições nos Estados Unidos, principalmente sob a alegação de questões de segurança nacional. A proibição que o WSJ divulgou pode ser um revide da potência oriental ao país mais poderoso do ocidente.
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Para a Apple, empresa fabricante do iPhone, a relevância da China se dá tanto pela produção de seus produtos quanto por seu mercado consumidor. O país asiático é responsável pela importante fatia de quase um quinto (ou 20%) de sua receita total.
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