A China aprovou nesta sexta-feira, 20, uma lei sobre proteção da privacidade na internet, que tem o objetivo de restringir a coleta de dados pessoais pelos gigantes de tecnologia. As novas diretrizes, referendadas pelo Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, principal órgão legislativo da China, passam a valer em 1º de novembro. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, serão proibidos a coleta ilegal, o uso, o processamento, a transmissão, a divulgação e a comercialização de informações pessoais dos usuários.
Contudo, as regras servem apenas às empresas públicas e privadas, que terão de diminuir a coleta de informações pessoais dos cidadãos e obter o consentimento prévio. O Partido Comunista da China (PCC), por sua vez, não será afetado e poderá continuar com a coleta de grande quantidade de dados; por exemplo, para rastrear dissidentes políticos ou aplicar a “política de segurança” em Xinjiang, região onde há amplo uso de vigilância tecnológica e detenções em massa de minorias religiosas.
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Justificativa
O texto completo da Lei de Proteção de Dados Pessoais ainda não é público e foi aprovado depois de algumas empresas chinesas de tecnologia, incluindo a Didi, proprietária da 99 no Brasil, terem sido acusadas de manuseio indevido de dados de usuários.
Pouco depois de a Didi abrir capital nos Estados Unidos, os órgãos reguladores chineses a acusaram de coletar e usar ilegalmente informações pessoais. Na ocasião, Pequim citou os riscos que o uso indevido de dados representa para a segurança nacional.
Com informações do jornal The Wall Street Journal
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o ditador eliminando a concorrência para se perpetuar no poder de forma absoluta…modus operandi capeta!