Um grupo de pesquisadores detectou um “murmúrio cósmico” no espaço que confirma a Teoria da Relatividade, do cientista Albert Einstein.
Publicado na quinta-feira 29, o estudo consta na revista The Astrophysical Journal Letters.
Os sons são emitidos por milhares de buracos negros supermaciços em colisão. Alguns desses corpos celestes têm massa bilhões de vezes maior que a do Sol. No momento em que se fundem, provocam ondulações no espaço-tempo.
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“É como uma orquestra”, observou o físico Xavier Siemens, da Universidade do Estado de Oregon, e integrante do consórcio North American Nanohertz Observatory for Gravitacional Waves (NanoGrav), responsável pela descoberta, em entrevista ao The New York Times. “Cada par de buracos negros está gerando uma nota diferente, e o que estamos recebendo é a soma de todos esses sinais ao mesmo tempo.”
No universo reimaginado de Einstein, o espaço não está serenamente vazio, e o tempo não avança suavemente. As poderosas interações gravitacionais de objetos maciços, porém, como os buracos negros supermaciços, provocam ondulações regulares do tecido do espaço e do tempo.
Relevância do murmúrio cósmico
O murmúrio cósmico pode ajudar os estudiosos a compreender como o universo alcançou sua atual estrutura, além de revelar tipos exóticos de matéria que podem ter existido logo depois do big bang, há quase 14 bilhões de anos.
“As ondas gravitacionais de fundo são as coisas mais óbvias que poderíamos encontrar”, afirmou a astrofísica Chiara Mingarelli, da Universidade de Yale, também integrante do NanoGrav. “Isso é apenas o começo de uma maneira inteiramente nova de observar o Universo.”
Muito interessante. Isso parece confirmar o que sábios do mundo pré-cristão falavam, de uma música das esferas, das orbes celestiais. Eles apenas imaginaram isso? Mas como? Mais de dois mil anos depois, a astrofísica o comprova. (Bertrand Kolecza)