Na Colômbia, governo propõe ‘acordo’ com narcotraficantes

O governo esquerdista da Colômbia propôs um “acordo” para que narcotraficantes sejam submetidos à Justiça. A ideia do presidente Gustavo Petro é a de reduzir as penas de traficantes que aceitem acabar com as máfias que comandam e outros benefícios, como ficar com parte de suas fortunas.

O projeto foi detalhado na quarta-feira 15 pelo ministro da Justiça, Néstor Osuna. O texto será encaminhado ao Congresso e vai passar pelo Conselho Superior de Política Criminal.

Conforme o governo, os líderes e integrantes de organizações criminosas de narcotraficantes poderão cumprir uma pena de seis a oito anos de prisão, independentemente dos crimes que cometeram. Para ter direito ao benefício, eles deverão aceitar os crimes, entregar as armas, revelar informações sobre as atividades criminosas e fazer uma reparação às vítimas.

Caso concordem, os criminosos ficarão detidos em pavilhões especiais no país. Ao deixar a prisão, o governo promete monitorá-los por até quatro anos.

O projeto também prevê que o traficante que optar pelo “acordo” poderá ficar com 6% dos bens que entregar à Justiça.

“Haverá redução de penas, mas não impunidade, ou anistias, ou algo assim”, explicou o ministro. “Os benefícios serão em troca do desmantelamento da quadrilha, não substituição dos chefes ou reduzindo um pouco a atividade deles”, disse Osuna ao apresentar a proposta.

O projeto tem o objetivo de atingir os chefes de grupos de narcotraficantes, como o Clã do Golfo, a maior organização criminosa de drogas do país.

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