A vitória da direita na Itália, nesta segunda-feira, 26, rendeu comentários neutros de políticos de centro-esquerda na Europa e comemorações efusivas de conservadores, especialmente na Polônia, governada por políticos de centro-direita. Com a vitória da coalizão Irmãos da Itália, aliança de três partidos, a líder dos conservadores, Giorgia Meloni, vai ser a primeira-ministra.
Em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 26, o porta-voz da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que a Comissão Europeia espera ter “cooperação construtiva com as novas autoridades italianas”.
“A Comissão e a presidente Ursula Von der Leyen costumam trabalhar com os governos que saem das eleições nos países da União Europeia. Não é diferente neste caso”, disse o porta-voz, Eric Mamer.
O governo da Alemanha afirmou esperar que a Itália continue “muito favorável à Europa”. “A Itália é um país muito favorável à Europa, com cidadãos e cidadãs muito favoráveis à Europa. E partimos do princípio de que isto não mudará”, disse Wolfgang Büchner, porta-voz do chanceler Olaf Scholz.
Na França, o presidente Emmanuel Macron ainda não se pronunciou. Mas os partidos de direita comemoram a vitória.
A ex-candidata a presidente francesa, Marine Le Pen, saudou a decisão do povo italiano de “tomar seu destino nas mãos elegendo um governo patriótico e soberano”.
Le peuple italien a décidé de reprendre son destin en main en élisant un gouvernement patriote et souverainiste.
Bravo à @GiorgiaMeloni et à @matteosalvinimi pour avoir résisté aux menaces d’une Union européenne anti-démocratique et arrogante en obtenant cette grande victoire !
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) September 26, 2022
Eric Zemmour, presidente do Reconquête, partido político da direita, publicou um tuíte comemorando a vitória da direita italiana: “Parabéns a Giorgia Meloni e ao povo italiano! Como não olhar para esta vitória como prova de que, sim, chegar ao poder é possível?”, escreveu. Em um comunicado à imprensa, disse que: “Da Suécia à Itália, nós vivemos nestas últimas semanas a segunda união das direitas vitoriosas na Europa”.
Toutes mes félicitations à @GiorgiaMeloni et au peuple italien ! Comment ne pas regarder cette victoire comme la preuve que oui, arriver au pouvoir est possible ?
Mon communiqué. ⤵️ pic.twitter.com/YYURIX3N7H
— Eric Zemmour (@ZemmourEric) September 25, 2022
O presidente da Hungria, Viktor Orban, do partido nacional-conservador, também comemorou a vitória da nova primeira-ministra italiana com uma postagem no Facebook, que incluía uma foto de Orban com Giorgia e a frase: “Vitória mais que merecida. Parabéns!”.
Na Polônia, cujo primeiro-ministro é do partido conservador Lei e Justiça, a vitória da direita italiana teve repercussão positiva nas redes sociais. Alguns integrantes do governo comemoraram a decisão. Um deles foi o próprio primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki, que se referiu ao resultado das eleições italianas como uma “grande vitória”.
“Estou feliz que um partido do grupo ECR [European Conservatives and Reformists] assuma a responsabilidade (também) por outra nação europeia”, escreveu no Twitter Beata Szydlo, a ex-primeira-ministra polonesa, referindo-se ao grupo de partidos reformistas e conservadores europeus.
Congratulazioni a @GiorgiaMeloni e @FratellidItalia! Sono felice che un partio politico con @ecrgroup si stia assumendo la responsabilità di un altro paese europeo.
— Beata Szydło (@BeataSzydlo) September 25, 2022
“A direita europeia está ficando mais forte. Vamos derrotar os comunistas, os esquerdistas e o lobby LGBT — todos aqueles que estão arruinando nossa civilização “, disse o vice-ministro da Agricultura polonês Janusz Kowalski, no Twitter.
O vice-ministro da Justiça, Michal Wojcik, disse que a vitória de Meloni foi uma derrota para a presidente da Comissão Europeia, chamando Ursula von der Leyen de “representante das forças antidemocráticas na UE”.
Essa talvez seja a única vantagem da ‘esquerda’: despertar a ‘direita’.
No próximo domingo, 02/10, o Brasil também dará a vitória ao conservadorismo. Bolsonaro 22.
A direita venceu na Suécia também, o berço da lacração esquerdista.
O mundo mudou, quem não se adaptar será levado pela onda.
A Alemanha e seus verdes estão levando todos para o saco com sua agenda 30.
Veja só, a União Europeia que já ameaçou descaradamente a recém-eleita agora espera “cooperação”…