Na sessão inaugural para a nova legislatura do Parlamento tcheco nesta segunda-feira, 8, não havia nenhum deputado que pertença ao Partido Comunista. Foi a primeira vez que isso ocorreu em 76 anos.
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Os membros do Partido Comunista da Boêmia e Morávia (KSCM, na sigla em tcheco) saíram completamente do Parlamento depois de não conseguir obter nenhuma cadeira para a Câmara Baixa nas eleições deste ano. O último assento da legenda na Câmara Alta, equivalente ao Senado, foi perdido em 2018. A sigla é herdeira política do grupo que conduziu a ditadura marxista na antiga Tchecoslováquia — país que se desfez no começo da década de 1990, dando origem à República Tcheca e à Eslováquia.
“O fracasso [eleitoral] do KSCM significa que, pela primeira vez na história moderna, o Partido Comunista não fará parte da democracia parlamentar na República Tcheca”, disse Vojtech Filip, ex-líder do KSCM, a um jornal de esquerda local. Filip deixou o comando da sigla depois da derrota.
A perda de influência na alta cúpula da política tcheca ocorre no mesmo ano que marca o centenário de fundação do primeiro partido comunista da extinta Tchecoslováquia.
Em entrevista à CNN, Marek Benda, deputado pelo Partido Cívico Democrático e o mais antigo membro do Parlamento tcheco, disse que a saída do KSCM foi um “grande sucesso”. “Especialmente porque aconteceu de forma democrática, eles fracassaram por conta própria”, acrescentou.
Que felicidade pro povo Tcheco!
Q sonho…