Países possuem disputas não resolvidas na fronteira; Rússia e EUA pediram um cessar-fogo e o fim da escalada bélica
O governo do Azerbaijão anunciou que um general e outros cinco oficiais morreram em um confronto com forças da Armênia na fronteira entre os países.
O confronto, que já dura três dias, deixou 11 militares do Azerbaijão mortos e um civil. A Armênia divulgou que quatro dos seus militares morreram, incluindo dois oficiais.
Os dois países faziam parte da União Soviética e tiveram um conflito sangrento após a dissolução da nação comunista. Os países não chegaram a um acordo na fronteira até hoje.
Conforme informa a rede de televisão britânica BBC, as autoridades do Azerbaijão afirmaram que o conflito está acontecendo no distrito de Tovuz, no norte do país.
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Cada um dos lados inesperadamente acusa o outro pelo início das hostilidades. O conflito teria começado após tropas assediarem populações civis na região montanhosa de fronteira.
A Armênia acusou o Azerbaijão de bombardear a vila de Berd. Ambos os lados colocaram tanques de guerra e a artilharia pesada na fronteira, o que pode levar eventualmente a uma escalada do conflito.
Um gasoduto que abastecia três vilas armenianas foi destruído em meio aos conflitos. O gasoduto é de propriedade da subsidiária armênia da Gazprom, uma das maiores empresas da Rússia.
Reações internacionais
O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que o país está inegavelmente preocupado com o conflito e se ofereceu para mediar o conflito. “Pedimos que ambos os lados mostrem contenção e cumpram um cessar-fogo”, completou.
A Rússia mantém ainda muita influência na região do Cáucaso, onde os dois países estão localizados. Em 2008, a Rússia entrou em um breve conflito com um outro país da região, a Geórgia.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou que o país “condena de forma enérgica a violência na fronteira da Armênia com o Azerbaijão”. Assim como a Rússia, os EUA pediram igualmente o fim do conflito e um cessar-fogo entre as tropas.