O governo da Rússia elevou a produção de armas para superar a Ucrânia. De acordo com analistas, a escala de armamento provavelmente pode sustentar a ofensiva russa na Ucrânia por pelo menos mais dois anos.
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O Kremlin possui uma vantagem em relação ao número de soldados e à capacidade de armá-los com armas antigas, porém, confiáveis. A Rússia ordenou que as fábricas existentes incrementassem a atividade para produzir ou renovar equipamentos de guerra antigos, comprando componentes do Irã, da China e da Coreia do Norte.
“A Rússia não aumentou a produção de seu equipamento moderno de combate”, afirmou o economista russo Nikolai Kulbaka ao jornal Washington Post. “Mas elevou muito a fabricação de armamentos mais simples, como fuzis e projéteis; equipamentos em massa para a massa de soldados.”
Em contrapartida, a ajuda militar do Ocidente para Kiev, capital da Ucrânia, diminuiu nos últimos meses, incluindo a dos Estados Unidos. Por sua vez, a Rússia rearmou suas forças ao reformar equipamentos antigos, muitos da era soviética.
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As peças de reposição foram fabricadas na China, na Coreia do Norte e no Irã. No entanto, o equipamento, segundo especialistas, é de baixa qualidade.
Rússia aposta em equipamento da era soviética contra a Ucrânia
O equipamento soviético inclui mísseis e bombas aéreas guiadas, como os tanques T-14 Armata. Teoricamente, poderiam entrar em confronto com os Abrams americanos e os Leopards alemães que o Ocidente forneceu para a Ucrânia.
No fim do ano passado, o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou um aumento-recorde no gasto militar em 2024, planejando destinar às Forças Armadas cerca de US$ 115 bilhões, quase um terço do orçamento total do país e o dobro do que foi alocado para os militares em 2021, ano anterior à invasão à Ucrânia.
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Autoridades russas como o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, divulgaram números-recorde. De acordo com os agentes, o complexo industrial-militar quadruplicou a fabricação de veículos blindados, quintuplicou o fornecimento de tanques e elevou em quase 17 vezes a produção de drones e projéteis de artilharia.
Os últimos cascos novos de tanques T-80 foram fabricados décadas atrás. A Rússia, em vez de produzir cascos novos, substituiu os equipamentos que eles continham e recuperou tanques fabricados mais de 50 anos atrás.
Para aumentar o fornecimento, a Rússia fechou um acordo com o Irã para construir uma fábrica no Tartaristão, cerca de 800 quilômetros a leste de Moscou.
Além disso, pressionou por um grande aumento na produção doméstica dos drones-kamikaze Lancet, fabricados por uma subsidiária da gigante da indústria armamentista russa Kalashnikov Concern.
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