A Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte votou pela anulação de todos os acordos assinados com a Coreia do Sul de promoção da cooperação econômica. As informações foram divulgadas pela agência estatal KCNA, nesta quarta-feira, 7.
Entre as leis anuladas está uma que regulamentava a operação turística no Monte Kumgang, que fica no lado norte-coreano.
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As excursões à montanha eram um dos símbolos da cooperação econômica iniciada durante um período de engajamento entre as duas Coreias no início dos anos 2000. Cerca de 2 milhões de sul-coreanos visitaram o local.
Fim dos acordos de cooperação econômica das Coreias
O projeto acabou em 2008, depois que um turista sul-coreano entrou em uma área restrita e foi morto por guardas norte-coreanos.
Pyongyang disse que, agora, considera os vizinhos do Sul como inimigos de guerra. No ano passado, o governo da Coreia do Norte já havia interrompido um pacto militar de 2018 para reduzir as tensões na região de fronteira.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol chamou a mudança na política da Coreia do Norte de “extraordinária”.
“O que não mudou é que o Norte tentou, por mais de 70 anos, nos transformar em comunistas”, declarou Yoon. “Ao fazer isso, [a Coreia do Norte] percebeu que suas armas convencionais eram insuficientes e passou a desenvolver armas nucleares.”
O presidente da Coreia do Sul tem adotado uma linha dura contra os vizinhos do Norte. Ele afirmou que continua aberto ao diálogo com Pyongyang, até mesmo para uma reunião com o ditador Kim Jong-un.
Desde que assumiu o poder em 2011, Kim pressionou a Coreia do Norte a desenvolver armas nucleares e mísseis balísticos de vários alcances, aumentando a tensão com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
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Jornal World Times do Japão, reportou na edição do dia 08 de Fev de 2024, a editorial do Jornal Segeirbo da Coréa do Sul do dia anterior.
“A Coréa do Norte, divulgou pela primeira vez uma pesquisa que realizou com 6351 norte coreanos que fugiram do país entre 2013 e 2022.
Foram feitas 1100 perguntas sobre o que mesmos pensavam sobre economia, sociedade e cidadania e o resultado classificado na categoria 3 em termos de sigilo, mas o regime veio a revelar agora sob a alegação de que seria para melhoria da vida e direitos humanos dos norte coreanos. É um relatório significativo sob o aspecto de que se prova a realidade do regime do Kin JonUn que se dedica somente ao desenvovimento nuclear e mísseis deixando completamente de lado a vida de 25 milhões do seu povo.
A vida cotidiana de norte coreanos relatada é de uma tamanha crueldade. A mesma revela o quanto a fome naquele país é séria, bem mais do que se sabe. O sistema de distribuição gratuita de alimentos que colapsou após a década de 1990 sob o pretexto de “tempos bélicos difíceis” e que nunca mais voltou, fez com que 72.2% destes fugitivos do país entre 2016 e 2020, respondessem que teriam recebido alimentos do governo. Antes do ano 2000, era 33.5% que não conseguiram receber nem salários pelo trabalho nem alimento do governo, mas entre 2016 e 2020, houve um aumento destes para 50.3%. Este número se alinha com o relatório da OCHA (órgão da ONU) de 2023 sobre Ásia-Pacífico, de que na região, a Coréa do Norte seria o país onde a fome estaria em situação mais crítica.
A porcentagem de pessoas que adquiriram arroz e milho em mercado negro foi de 67.7%, e 68.1% responderam que a fonte de renda era baseada em atividades econômicas de cunho privada como comércio de pequeno porte, agricultura arrendatária,
e contrabandos, o que prova que o povo não se mantém através de sistema de economia estatal mas sim, de mercado negro que é atividade privada, e de pequenos negócios pessoais.
93.1% dos pesquisados responderam que a disparidade de poder aquisitivo é grande devido ao acúmulo de poder e riqueza pelos dirigentes de alto escalão do Partido e do Exército norte coreano. 41.4% responderam que o regime do Kin JonUn passou a confiscar mais de 30% da renda mensal para ulitizarem em suborno e como forma de arrecadação imposto extra.O topo do regime, altamente corruptos sem prover alimentos que eles mesmos prometem ao povo, faz com que seja inevitável a invibialibidade de cooptação ideológica do povo.
Antes do ano 2000, 57.8% respondiam que a sucessão da govenança teria que ser da linha direta do avô do atual mandante, porém esta proporção dimunuiu em 29.4%. É uma prova de que a educação idolátra ao mandante esteja de fato sendo fortalecido.
O regime do Kim JonUn, acredita piamente que o mesmo será mantido somente através de desenvovimento de mísseis. O Institudo de Pesquisa de Defesa da Coréa do Sul presume que o valor investido pela Coréa do Norte desde desde a década de 1970 até os dias de hoje para o desenvolvimento nuclear, possa chegar no máximo a 1 bilhão e 600 milhões de US$. Seria um valor que poderia se comprar de 1 milhão e 410 mil a 2 milhões de 50 mil toneladas de arroz ou 2 milhões de 820 mil a 4 milhões e 100 mil toneladas de milho. Contudo, a vida do povo não é do interesse do Kin JonUn. Assim, podemos imaginar qual o destino final deste regime. ”
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