Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, disse neste domingo, 19, que seu último teste de míssil balístico intercontinental (ICBM) teve como objetivo reforçar a capacidade nuclear “fatal” contra seus rivais. O teste, que ocorreu no sábado 18, foi uma resposta aos Estados Unidos e à Coreia do Sul.
Os EUA responderam aos testes norte-coreanos com bombardeios supersônicos de longo alcance. A represália também ocorreu neste domingo, durante um exercício conjunto com a Coreia do Sul. De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Washington enviou bombardeiros à Península Coreana, para treinar com caças sul-coreanos e norte-americanos. O porta-voz da Coreia do Sul disse que o treinamento reafirmou o compromisso de segurança de Washington com Seul.
Os testes de Kim Jong-un sugerem que o ditador está usando os exercícios como uma forma de expandir o arsenal nuclear da Coreia do Norte. O objetivo é obter vantagem em negociações futuras com os EUA.
A agência oficial de notícias de Pyongyang informou que o lançamento do míssil Hwasong-15 ICBM foi organizado “de repente”, sem aviso prévio, por ordem direta de Kim.
Kim Yo-jong, irmã do ditador, acusou os EUA de “mostrar abertamente sua perigosa ganância e tentar obter vantagem militar e posição predominante na Península Coreana”. Além disso, alertou que a Coreia do Norte está observando os movimentos sul-coreanos e norte-americanos. “Advirto que observaremos todos os movimentos do inimigo e tomaremos uma ação correspondente, muito poderosa e esmagadora contra todos os seus movimentos hostis a nós”, afirmou.
Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse que os EUA tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança da Coreia do Sul e do Japão.
O Conselho de Segurança Nacional presidencial da Coreia do Sul disse que buscará fortalecer sua “esmagadora capacidade de resposta” contra qualquer tentativa de agressão norte-coreana.