A Coreia do Norte disparou um míssil balístico lançado de um submarino neste sábado, 7. O exército sul-coreano detectou o teste.
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“Nossos militares detectaram por volta das 14h07 (02h07, no horário de Brasília) que um míssil balístico de curto alcance foi disparado do mar em Sinpo, Hamgyong do Sul”, declarou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.
A demonstração de força da Coreia do Norte ocorreu poucos dias antes da posse do novo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, marcada para a terça-feira 10. O político tem uma postura mais hostil a Pyongyang do que seu antecessor Moon Jae-yeol.
Armas nucleares na Coreia do Norte
Os Estados Unidos afirmaram na sexta-feira 6 que a Coreia do Norte pode preparar um teste nuclear ainda este mês — ato que não acontece desde 2017. Na semana passada, durante um grande desfile militar, Kim Jong Un, ditador norte-coreano, prometeu desenvolver suas forças nucleares “o mais rápido possível” e alertou contra possíveis ataques “preventivos”.
De acordo com a AFP, Jalina Porter, porta-voz diplomática dos EUA, os norte-coreano “podem estar prontos para realizar um teste este mês”.
Jalina afirma que a análise “é consistente com as recentes declarações públicas da própria Coreia do Norte”. Ela disse ainda que o governo do EUA “continuará” em “estreita coordenação” com seus aliados. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, viajará ao Japão e à Coreia do Sul este mês. O país comunista será um dos temas abordados durante a visita.
Moratória armamentista
A Coreia do Norte se impôs uma moratória aos testes de armas nucleares e de longo alcance em meio a uma reaproximação diplomática entre Kim e o então presidente dos EUA, Donald Trump. Entretanto, as negociações foram interrompidas em 2019.
Testes nucleares norte-coreanos
Desde 2006, a Coreia do Norte realizou seis testes de armas nucleares. O último e mais poderoso foi em 2017, com uma bomba de hidrogênio de 250 quilotons.
“Um sétimo teste nuclear seria o primeiro desde setembro de 2017 e alimentaria as tensões na península coreana, aumentando os perigos de erro de cálculo e falta de comunicação entre o regime de Kim e o novo governo de Yoon”, disse Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha em Seul. “Em vez de aceitar convites para o diálogo, o regime de Kim parece estar se preparando para testar uma ogiva nuclear tática”.
E o Ocidente preocupado com a guerra da Ucrânia, enquanto isso , China e Coreia do Norte estão “comendo pelas beiradas”.