Item essencial para o tratamento de casos graves do coronavírus, o projeto do respirador mecânico da equipe liderada por Eitan Eliram já está disponível de graça na internet
Um grupos de pesquisadores de Israel ligados a empresas privadas, organizações não governamentais e ao governo se uniram para criar um respirador mecânico de baixo custo. Os desenhos e instruções para a fabricação estão disponíveis na internet para quem quiser.
O coordenador do projeto, Dr. Eitan Eliram, falou para o The Jerusalem Post que desde que o projeto foi colocado online — há quatro dias — mais de 30 mil usuários acessaram ele. Mais de 100 grupos de diversos países, incluindo Egito, Irã, África do Sul, Guatemala e Estados Unidos, já estão trabalhando em seus primeiros protótipos.
“Nós não estamos falando de um site para o público em geral, nós estamos falando de engenheiros e outros especialistas, nós sabemos porque eles entraram em contato por WhatsApp e e-mail, para perguntar sobre o projeto e entender como ele funciona”, afirmou Eliram.
O “AmboVent”, como o aparelho foi batizado, é inspirado nos aparelhos de ventilação manual utilizado por paramédicos em ambulâncias, mas com controles similares a de um respirador mecânico tradicional. Estavam envolvidas no desenvolvimento organizações como a Força Aérea Israelense, Microsoft, Israeli Aerospace Industries, Microsoft, FIRST Israel, Centro Médico Tel Aviv Sourasky dentre outros.
Um ponto importante do projeto é que ele só utiliza tecnologia opensource, com um número pequeno de peças, sendo elas de fácil aquisição ou que podem ser fabricadas rapidamente por impressoras 3D, tornando o produto mais acessível em países menos desenvolvidos.
O coordenador do projeto afirma que o “AmboVent” custa entre $ 500 e $ 800, um valor bem inferior a um ventilador mecânico tradicional, que não sai por menos de $ 6 mil, sendo no momento muito difícil achar um disponível no mercado por menos de $ 30 mil.
Eitan Eliram afirma que ainda vai demorar algumas semanas para o projeto estar 100% completo e testado e que já estão acontecendo testes com pacientes em um hospital de Jerusalém. “Esse projeto não é de Israel, é de toda uma comunidade trabalhando em conjunto para dar saúde para o planeta”, finalizou.