O laboratório indiano Bharat Biotech e o ICMR (Conselho Indiano de Pesquisa Médica) divulgaram nesta quarta-feira, 21, novos resultados de fase 3 da vacina Covaxin. Segundo os fabricantes, o imunizante indiano contra a covid-19 apresenta 78% de eficácia em geral, de acordo com dados preliminares, e 100% de eficácia para evitar casos graves da doença.
O estudo de fase 3 envolveu 25.800 voluntários entre 18 e 98 anos, incluindo 10% acima dos 60 anos, e as análises foram realizadas 14 dias após a aplicação da segunda dose. O resultado preliminar apontou o impacto proporcionado pela Covaxin na redução de hospitalizações por covid-19 e sugere diminuição da transmissibilidade.
Os dados divulgados hoje integram a segunda análise preliminar da fase 3 de testes clínicos. No primeiro ensaio, cujos resultados foram divulgados no início de março, a vacina indiana apresentou 81% de eficácia nos casos sintomáticos. Outro dado importante divulgado hoje é que a Covaxin atua contra novas cepas do coronavírus. “Também estou contente porque a Covaxin mostrou que funciona bem contra as variantes do Sars-CoV2. Os dados reforçam que a nossa vacina pode ser também um imunizante global”, comentou o professor Balram Bhargava, chefe do Conselho Indiano de Pesquisa Médica, que criou a vacina com a Bharat Biotech.
Os fabricantes da Covaxin informaram ainda que os resultados finais da análise estarão disponíveis em junho, quando o relatório final será submetido a uma publicação revisada por pares.
COVAXIN® demonstrated overall clinical efficacy of 78% and efficacy of 100% against severe COVID-19 disease in phase 3 efficacy analysis.#Phase3 #VaccineEfficacy #Covaxin@DrKrishnaElla @SuchitraElla pic.twitter.com/zRnSgLzmMb
— Bharat Biotech (@BharatBiotech) April 21, 2021
Covaxin no Brasil
A Covaxin é a única vacina contra a covid-19 desenvolvida internamente na Índia e mais de 60 países já demonstraram interesse em adquirir o imunizante, inclusive o Brasil. O governo federal já comprou 20 milhões de doses dessa vacina, por cerca de US$ 14 cada unidade. No total, o negócio é de R$ 1,6 bilhão, mas o pagamento só será feito após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso do produto, o que ainda não ocorreu.
Vacinação e alta de casos de covid-19 na Índia
Maior produtor de vacinas do mundo, a Índia enfrenta problemas em sua produção de imunizantes contra a covid-19, com milhões de pessoas à espera em meio à forte segunda onda de casos. No último domingo, 18, o país registrou o recorde de 103.558 casos no dia, tendo contabilizado mais de 1 milhão de novas contaminações em menos de uma semana.
Mais uma ótima notícia!
Enfim, uma boa notícia !!!