Desde 29 de setembro, mais de mil mortes relacionadas à covid-19 são registradas todos os dias na Rússia. Na terça-feira 26, ocorreu o recorde do país em toda a pandemia: 1.106 mortos em 24 horas. O levantamento feito por Oeste utilizou os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). A média móvel diária de sete dias de vítimas sobe sem parar, a contar de 17 de novembro — quando o índice ficou em 780.
Vinculado ao Ministério da Saúde russo, o Instituto Gamaleya desenvolveu a Sputnik V — uma vacina experimental. O produto permitiu que o país iniciasse seu programa de imunização para conter a pandemia em 2 de dezembro do ano passado. Ainda assim, os números do site Our World In Data, vinculado à Universidade de Oxford, revelam que somente 32,8% da população russa completou o ciclo vacinal contra a doença.
Até o momento, a Sputnik V não consta na lista de imunizantes anticovid aprovados pela OMS para uso experimental. Recentemente, Namíbia e África do Sul rejeitaram sua utilização. A medida veio em resposta a estudos indicando que o imunizante pode aumentar a chances de homens contraírem o HIV.