A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o governo não tem recursos de modo a quitar o empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Não temos dinheiro para pagar a dívida”, declarou ela, na quarta-feira 24, em um evento no feriado de memória ao golpe militar de 1976. Hoje, o país deve US$ 44 bilhões ao órgão, um saldo contraído durante a gestão de Mauricio Macri. À época, o liberal obteve o montante na tentativa de tirar o país da crise. A peronista entregou o poder com inflação de quase 27% em 2015. Naquele ano, a pobreza atingia 40,5% da população (cerca de 40 milhões de habitantes) e o desemprego beirava 10%, segundo informações divulgadas à época pelo Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina. O ministro da Economia do país, Martín Guzmán, está nos Estados Unidos, com a finalidade de reestruturar a dívida.
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Calote do governo bolivariano argentino não é novidade.