A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) começou a analisar na quarta-feira 2 uma nova proposta de resolução apresentada por Cuba, que exige o “fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro” imposto pelos Estados Unidos há 60 anos. Esta é a 30ª resolução apresentada pela ditadura de Cuba desde 1992 contra o embargo norte-americano.
O projeto de resolução, que será votado nesta quinta-feira, 2, manifesta “preocupação” com a manutenção do embargo econômico e seus “efeitos negativos sobre a população cubana”.
Cuba defende a “igualdade soberana” dos Estados, a “não ingerência em seus assuntos internos” e a “liberdade de comércio e de navegação” para exigir o fim do embargo, imposto em fevereiro de 1962, pelo então presidente John F. Kennedy e reforçado progressivamente desde essa época.
Um relatório preparado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, a pedido da Assembleia Geral, conclui que “a continuação do bloqueio financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba é incompatível com um sistema baseado no Estado de Direito”. “Baseia-se mais no exercício do poder político e econômico”, diz.
Na quarta-feira, cerca de 30 participantes da sessão falaram contra o embargo, usando termos com “Ilegal”, “inaceitável”, “criminoso”, “desumano”, “agressão econômica” para se referir ao embargo. Nesta quinta-feira, o chanceler cubano Bruno Rodríguez deve se dirigir ao plenário da Assembleia Geral e reiterar o pedido.
Segundo as autoridades cubanas, o embargo causa prejuízos econômicos de US$ 154 bilhões anuais à ilha. De acordo com o governo cubano, isso teria se traduzido em um crescimento de 4,5% na economia.
Na primeira resolução, em 1992, Cuba teve apenas 59 países, mas agora tem o apoio de quase todos os membros da ONU, com exceção dos Estados Unidos e Israel. Washington se absteve somente em 2016, quando Barack Obama era presidente e restabeleceu relações com o regime cubano em 2015.
A abertura americana durou pouco. O republicano Donald Trump introduziu cerca de 250 novas sanções e declarou o país comunista patrocinador do terrorismo. Apesar de suas promessas de campanha, seu sucessor, o democrata Joe Biden, ex-vice-presidente de Obama, mantém essas sanções, salvo algumas mudanças em vistos, viagens e remessas para a ilha.
Até mesmo porque em 11 de julho de 2021, a ditadura cubana reprimiu duramente manifestações políticas, detendo 1,4 mil pessoas, das quais 728 estão presas até hoje, segundo a última contagem da ONG Cubalex, com sede em Miami.
Nos últimos anos, os Estados Unidos justificaram seu embargo contra Cuba por duas questões: violações de direitos humanos e apoio de Havana ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela.
Cuba vive a pior crise econômica em três décadas, com escassez de alimentos, remédios e combustíveis, enquanto enfrenta apagões diários, devido à tecnologia obsoleta de suas usinas termelétricas, agravada pelos efeitos da pandemia de coronavírus.
E vai não sair para a rua para protestar contra o opressor capitalista…..ganha balinha do regime.
Oras, mas não é um país que vive a “prosperidade” socialista? Por que precisa do fim do embargo? Pobre povo cubano, desde 1959 sendo massacrado por uma maldita ditadura comunista que estragou o país e só os “inocentes” úteis que não veem isso.