Para discutir uma nova fase de libertaçao de reféns, a delegação de Israel chegou ao Cairo, capital do Egito, nesta segunda-feira, 1. As informações são do jornal Asharq Al-Awsat, do Catar.
Segundo as informações, as negociações se concentram em libertar 40 reféns israelenses que são mantidos pelo grupo terrorista Hamas desde o atentado de 7 de outubro. A lista das pessoas a serem libertadas conta com idosos, doentes, feridos, mulheres e menores de 18 anos.
O acordo seria feito em troca da libertação de algumas centenas de prisioneiros palestinos. Além disso, um cessar-fogo completo na Faixa de Gaza por um período, que pode variar de 21 a 30 dias, estaria na mesa de negociação.
Ainda de acordo com o Asharq Al-Awsat, as negociações discutem a retirada das unidades do Exército de Israel do centro da Faixa de Gaza — com o deslocamento das tropas para áreas de fronteira.
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O aumento das quantidades de alimentos, combustível e medicamentos que entram na Faixa de Gaza também são outro item a ser discutido entre israelenses e terroristas, com a mediação do Egito. Assim como a volta das pessoas que deixaram o norte de Gaza desde o início da guerra.
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Nesta fase da negociação, o governo de Israel não libertaria os principais presos palestinos. Estão entre eles:
- o membro do Comité Central da Fatah, Marwan Barghouti;
- o secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Ahmed Saadat; e
- os líderes proeminentes do Hamas nas prisões, como Abdullah Al-Barghouthi, Hassan Salama, Abbas Al-Sayed e Ibrahim Hamed
Ao mesmo tempo, também há uma delegação do Hamas no Cairo, que chegou na última sexta-feira, 29. O que estará em pauta é um plano apresentado na última semana pelo Egito a autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que combate Israel a partir da Faixa de Gaza.
Segundo a agência de notícias Agence France-Presse, o plano egípcio pretende cessar-fogo em períodos renováveis. Libertar reféns mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos em Israel e um cessar-fogo para encerrar a guerra definitivamente seriam os outros objetivos do Egito.
Terroristas do Hamas encerram ano com bombardeio contra Israel
Contudo, a virada do ano também começou turbulenta para o conflito Israel-Hamas, que teve início em 7 de outubro de 2023.
O Hamas encerrou o ano com um forte bombardeio contra Israel. O grupo terrorista atacou as regiões sul e centro israelenses disparando pelo menos 27 foguetes. Os artefatos foram lançados de Gaza na madrugada desta segunda-feira, 1. Não houve relatos de vítimas ou danos.
Os sistemas de defesa aérea israelenses conseguiram interceptar 18 foguetes no ar. Nove artefatos caíram em áreas abertas.
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Sirenes soaram em várias localidades na região central do país, além de outras no sul. Explosões em consequência das interceptações ecoaram pelo céu de Tel-Aviv.
Em seu perfil no Twitter/X, as Forças de Defesa de Israel (FDI) comentaram os ataques: “Ano novo, mesmo terrorismo do Hamas”, escreveram. “Enquanto 129 israelenses ainda estão sendo mantidos como reféns em Gaza, o Hamas também decidiu começar 2024 lançando uma salva de foguetes contra Israel.”
As brigadas Izz ad-Din al-Qassam, a ala armada do Hamas, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque. Em um vídeo publicado nas redes sociais, os terroristas afirmaram terem lançado foguetes M90 em “resposta aos massacres de civis”, segundo eles, cometidos por Israel.
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Se Israel negociar com os terroristas ele pode salvar os reféns, mas perderá o país.
Nenhum judeu ou israelense terá paz a partir de então.
A porteira terá sido aberta.