O Estado de Israel reabriu, na segunda-feira 8, a única passagem comercial para a Faixa de Gaza. A decisão, tomada depois de um cessar-fogo firmado com o grupo terrorista Jihad Islâmica, permite que caminhões transportadores de combustível e de outros bens vitais entrem no enclave palestino. O mais recente conflito durou três dias.
A abertura do cruzamento de Kerem Shalom deve ajudar a aliviar as tensões no Oriente Médio. Durante o confronto, mais de 1,1 mil foguetes foram disparados de Gaza a Israel — o que provocou a fuga de dezenas de pessoas para abrigos antiaéreos. Em resposta, Israel desferiu ataques na sexta-feira 5 e matou cerca de 20 militantes, a maioria da Jihad Islâmica.
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Ontem, Israel disse que removerá todas as limitações de movimentação para os moradores que vivem perto de Gaza. Como mostra reportagem publicada pelo The Wall Street Journal, é um sinal de que o cessar-fogo deve se manter.
A recente onda de combates foi a mais mortal entre Israel e terroristas islâmicos desde o conflito ocorrido em maio de 2021. Em um movimento raro, o Hamas, que é o maior grupo terrorista em Gaza, rejeitou os pedidos da Jihad Islâmica para se juntar aos embates.
Há um motivo para essa decisão do Hamas. Recentemente, Israel aliviou algumas restrições a Gaza, em uma tentativa de evitar novos conflitos. As autoridades israelenses emitiram autorizações para que mais de 14 mil habitantes de Gaza trabalhem em Israel.
O cessar-fogo, anunciado no domingo 7, foi intermediado pelo Egito. O Catar, a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos também desempenharam um papel nos esforços de mediação.
O confronto matou pelo menos 44 palestinos, incluindo dois comandantes militares e 11 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Outras 360 pessoas ficaram feridas. Em contrapartida, paramédicos israelenses disseram que 47 pessoas em seu país foram levadas para hospitais, como resultado dos disparos de foguetes dos terroristas.
Leia mais: “Por que Israel não pode se defender?”, artigo de Rodrigo Constantino publicado na Edição 66 da Revista Oeste
Nunca vai acabar. Pelo simples fato de Israel estar lidando com terroristas odientos.