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Edição 66

Por que Israel não pode se defender?

A inveja do sucesso de muitos judeus pode jogar lenha na fogueira, mas não explica o ódio a todos os judeus, inclusive os pobres

Rodrigo Constantino
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Por que o povo judeu é perseguido há tantos séculos? Por que de tempos em tempos os judeus são atacados com tanto furor? E por que somente Israel, sob ataque de terroristas que lançam milhares de foguetes sobre a cabeça de seus cidadãos, parece não ter o direito de reagir?

Na tentativa de responder a essas questões, Dennis Prager e Joseph Telushkin escreveram Why the Jews?, em que procuram explicar a razão do antissemitismo milenar. Para tanto, refutam tentativas modernas de explicar o fenômeno, que negam o fator intrínseco ao judaísmo e partem para motivos exógenos, alegando causas sem ligação com a própria religião.

Para eles, as teses de bodes expiatórios não se sustentam, pois o ódio aos judeus é singular. Outros grupos já foram alvo desse ódio, mas nenhum foi tão permanente, universal e profundo como o antissemitismo. Pensamos no Holocausto mais recente, e também a mais nefasta expressão desse ódio, mas ele está longe de ser um caso isolado. Ao menos em três ocasiões nos últimos 350 anos surgiram campanhas de aniquilação dos judeus: os massacres no Leste Europeu em 1648-49, o próprio nazismo e as tentativas de destruir o Estado de Israel por seus inimigos árabes.

Os acadêmicos buscam respostas nos fatores econômicos, na necessidade de bodes expiatórios, no ódio étnico, na xenofobia, no ressentimento gerado pela afluência e sucesso profissional dos judeus etc. O único fator que não usam para explicar o fenômeno é o próprio judaísmo e o que ele representa. Causas econômicas, como na Alemanha, podem explicar o fermento do ódio, mas não as câmaras de gás. A inveja do sucesso de muitos judeus pode jogar lenha na fogueira, mas não explica o ódio a todos os judeus, inclusive os pobres, perseguidos em várias épocas e locais.

Contando com 0,2% da população mundial, os judeus ganharam 22% de todos os prêmios Nobel

Para os autores do livro, essas tentativas de retirar o judaísmo da judeofobia são um equívoco. O ódio aos judeus, segundo eles, existe porque são judeus e pelo que isso representa. Quando judeus se tornavam cristãos, obrigados ou não, deixavam de ser atacados. À exceção do nazismo, que tentou eliminar todos os judeus com base na origem genética, os demais casos perseguiam os judeus enquanto permaneciam judeus, mas não se importavam tanto com convertidos.

Foto: Auschwitz Memorial and Museum

Os judeus afirmam que existe apenas um Deus para toda a humanidade, o que implica ilegitimidade para todas as demais crenças; acreditam que são o “povo escolhido”, o que costuma despertar ressentimento; e defendem o monoteísmo ético, ou seja, fazem demandas morais que historicamente sempre foram motivo para tensões com outros povos. Para os autores, não é possível negar tais fatores na origem da judeofobia. E talvez por isso mesmo o preconceito aumente em tempos de decadência civilizacional, de relativismo moral. Sociedades permissivas não querem a presença de quem lembra da existência de uma régua moral inelástica.

Além disso, os judeus foram sempre bem-educados, pois sua religião foi disseminada pela palavra; e, enquanto o clero católico gozava de privilégios e os crentes eram, em boa parte, analfabetos, os judeus apresentavam as maiores taxas de alfabetização. Suas famílias, até por suas crenças, mostraram-se historicamente mais estáveis. A solidariedade entre eles sempre foi maior do que a média. Tudo isso ajudou a produzir uma qualidade de vida melhor entre os judeus, mas provocou hostilidade e inveja em muitos povos.

Contando com apenas 0,2% da população mundial e 2% da população norte-americana, os judeus ganharam 22% de todos os prêmios Nobel, 20% das medalhas Fields para matemáticos e 67% das medalhas John Clarke Bates para economistas com menos de 40 anos. Judeus também ganharam 38% de todos os prêmios Oscar para melhor diretor, 20% dos Pulitzer Prizes para não ficção e 13% dos Grammy Lifetime Achievement Awards. Essas informações constam em uma nota de rodapé do livro Civilização, de Niall Ferguson, de 2011. Desde então, judeus acumularam mais alguns desses prêmios. Além disso, Israel, com apenas 8,7 milhões de habitantes, é a grande locomotiva mundial quando o assunto é tecnologia e possui mais empresas listadas no Nasdaq do que toda a União Europeia junta.

Judeu nascido na Polônia, Billy Wilder se mudou para Hollywood em 1933, com a chegada de Adolf Hitler ao poder. Em 50 anos de carreira, o diretor, produtor e roteirista foi indicado ao Oscar 21 vezes e ganhou seis estatuetas

Diante desses dados, o leitor pode concluir que os judeus fazem parte de um grande complô mundial, uma conspiração planetária que os coloca no domínio de tudo, como queriam os antissemitas que produziram Os Protocolos dos Sábios de Sião; ou então que eles possuem uma inegável superioridade genética. Não aprecio nenhuma das duas alternativas, e fico com uma terceira, mais plausível: o ambiente cultural do judaísmo é um fator de diferenciação que abre certa vantagem na hora de competir no mercado.

E o que justificaria tal vantagem? Que segredo cultural seria esse? O livro do escritor israelense Amós Oz, escrito com sua filha, a historiadora Fania Oz-Salzberger, oferece uma boa dica. Em Os Judeus e as Palavras, os autores mergulham no grande legado do judaísmo, que não seria apenas ou principalmente religioso, muito menos genético, e sim cultural. No princípio era o verbo, e desde então também. O conteúdo verbal, transmitido de geração em geração, é o que forma esse continuum único, que sempre serviu como cola para unir os hebreus e lhes transmitir certas características interessantes.

“Nenhuma civilização antiga”, escreveu Mordecai Kaplan, “pode oferecer um paralelo comparável em intensidade com a insistência do judaísmo em ensinar os jovens e inculcar neles as tradições e costumes de seu povo.” Não eram apenas os ricos, mas todos os jovens que eram postos em contato com a palavra escrita, e numa idade bastante tenra. E mais: eles aprendiam desde cedo a perguntar, questionar. No Talmude, uma opinião inteligente de um jovem às vezes prevalecia sobre a de seu mestre. Um bom aluno deve ser livre para criticar seu mestre. No judaísmo, os alunos eram encorajados a se erguer contra o professor, discordar dele, tentar provar que ele estava errado.

Mas voltemos ao livro de Dennis Prager e Joseph Telushkin. Os autores vão buscar na origem do judaísmo e no que ele representava as causas da judeofobia. Ao representarem uma ameaça aos valores principais e às crenças alheias, inclusive o relativismo moral em voga desde a contracultura, os judeus despertaram um ódio universal e profundo. Os quatro componentes básicos do judaísmo — Deus, Torah, Israel e o povo escolhido — desafiaram os deuses, as leis e as culturas de povos não judeus. Sua afluência relativa é o combustível que alimenta esse ódio. Se fossem diferentes, mas fracassados, haveria menos ressentimento, sem dúvida.

Um fator básico da judeofobia seria, portanto, a rebelião contra esse monoteísmo ético, aqueles mandamentos que proíbem vários atos e impõem uma autoridade moral suprema. Em sociedades e culturas mais relativistas e permissivas, essa sombra moral pode ser insuportável. Ao obedecerem aos mandamentos supremos, os judeus também poderiam entrar em conflito com certas leis estatais consideradas injustas. Os romanos, por exemplo, não admitiam que um padrão externo ao seu governo fosse adotado como métrica para a conduta.

Em resumo, ao se diferenciar como povo e adotar uma postura de “escolhido” que segue um mandamento moral superior de seu Deus, o único existente, os judeus já estariam sujeitos à hostilidade dos demais. Quando essa singularidade se traduz em maior sucesso social, parece natural que a inveja, presente nos seres humanos de forma atávica, floresça e leve até mesmo ao ódio. É por isso que vemos tanta gente tomando o lado dos terroristas palestinos e desejando, no fundo, “varrer Israel do mapa”. Mas o povo judeu é conhecido por sua capacidade de superação e persistência. Diante da ameaça existencial, ele vai fazer aquilo que é certo e necessário, não o que agradaria a seus inimigos. Israel vai se defender, sempre.

Leia também “Não há equivalência moral”

26 comentários
  1. Herbert Gomes Barca
    Herbert Gomes Barca

    sensacional artigo Consta !!

    a melhor sacada realmente é a maldita inveja !
    o povo judeu sempre foi atacado por suas boas realizações

  2. João Carlos de Souza Carvalho
    João Carlos de Souza Carvalho

    Quem conhece Israel passa a amar o país e seu povo ! Tenho inveja e sinto pena do Brasil quando o ditador Getúlio Vargas não os acolheu na época da Segunda Guerra ! Eles desenvolveram a economia dos EUA e poderiam ter feito o mesmo no Brasil !

  3. Celso Castelo Carrera
    Celso Castelo Carrera

    Perfeito, Constantino, você se superou.

  4. Atilio Alvares Monteiro
    Atilio Alvares Monteiro

    Excelente artigo. Apenas acrescento que, mesmo convertidos à força, judeus continuaram sendo perseguidos. Nunca houve plena aceitação e nunca haverá. Por isso os judeus jamais devem baixar a guarda contra a inveja da qual são vítimas há séculos.

  5. Marco Aurélio Minafra
    Marco Aurélio Minafra

    Caro Rodrigo… ler teus textos é beber na fonte da sabedoria, onde sabedoria = conhecimento + aplicação! Os judeus são o povo eleito. Disso não há dúvidas. Ou seja, a inveja que eles causam é, exatamente, por isso. O povo judeu – resiliente – sempre se renova, se refaz, saiu do cativeiro, caminhou pelo deserto, varrendo do mapa seus inimigos, derrubando muralhas, até chegar à Terra Prometida.
    Os “progroms” babilônicos, russos, nazistas e que tais, nunca afetaram a grandeza desse povo. TEXTO FANTÁSTICO E VOU LER ESSE LIVRO!
    Jesus Cristo era judeu, filho de uma judia, e o evangelho de Mateus foi escrito para provar por A + B, que Cristo era o REI DOS JUDEUS!
    Lembrando que o Brasil foi descoberto por um judeu. Os cristãos-novos escondiam suas origens marroquinas sob nome de animais e árvores (O Figueira do comentário acima é exemplo disso!).
    E, no Brasil, mais especificamente em Recife, está a primeira sinagoga das Américas!
    Nunca antes na história do Brasil (parafraseando o LADRÃO-LULA!) as relações Brasil e Israel foram tão fortes…. e grupos judeus no Brasil insistem em chamar nosso Presidente de Nazista, esquecendo a forte e promíscua relação PT-terroristas árabes e iranianos e as vezes tantas nas quais a DILMANTA recusou embaixadores de Israel.
    REPITO… ÓTIMO TEXTO E ÓTIMA REFLEXÃO SOBRE ESSE POVO TÃO QUERIDO POR MIM!!!!!

    1. Antonio Rodrigues
      Antonio Rodrigues

      Perfeita sua observação Marco Aurélio, a respeito de judeus supostamente progressistas, no Brasil ou não, que são contra a própria cultura, e a favor de bandidos de esquerda e radicais palestinos!

  6. Wesley Montechiari Figueira
    Wesley Montechiari Figueira

    Tenho 50% de sangue italiano, e os outros 50% se dividem entre suíço-judeu-português (tudo entrelaçado num ir e vir entre Suíça e Lisboa, na idade média). Sou também cristão, daqueles de ir à igreja semanalmente. Sempre que houver alguém que se destaca, haverá alguém que jogue pedras. Mas o caso judeu é meio que vaticinado. Eles sabem-se “povo escolhido” e tomam pedra por isso. Os americanos se acham (se achavam) o “Beacon on the Hill”, e por isso tomaram pedrada desde sempre, de quem lá de baixo vê o sucesso alheio.
    Independentemente de qualquer desses fatores, o fato é que somos todos ciumentos do sucesso deles. Alguém que falou mal aí, já esteve em Israel? Eu já, mais de uma vez, e tenho sócios e amigos queridos lá. É Europa num mar de areia e radicalismo.
    Os judeus continuam “escolhidos”, e isso é ser vidraça…

  7. Cássio Marinho Siqueira
    Cássio Marinho Siqueira

    Se o papo de “dívida histórica” que a esquerda adora levantar fosse um fato, imagina quanto crédito os judeus teriam.

  8. Robson Oliveira Aires
    Robson Oliveira Aires

    Excelente artigo. Parabéns Constantino.

  9. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Muito bom texto. No entanto, fugindo um pouco do assunto estou estranhando que a CPI e o STF e parte da imprensa não sabe que a OMS alertou neste final de semana que a variante delta ataca as pessoas já vacinadas. Isto é gravíssimo. Outro assunto é que o Miranda no meu de sua fala confusa denunciou que tem alguém querendo boicotar a vacina nacional. Outro fato gravíssimo. E esses assuntos estão fora de pauta? Está ficando tarde demais para o governo contra-atacar. As milhares de ações de parentes vítimas da COVID contra o presidente deverá colocar fogo na fogueira. E como ninguém pede a quebra de sigilos do Randolfe que era relator da MP da Covaxin e outras questões da CPI, o governo quando reagir já estará tomando de 7 a 1.

  10. Olinto Santos Cardoso
    Olinto Santos Cardoso

    Rodrigo em tempos de reflexão nada melhor do que privar do seu convívio (sabedoria) ao degustarmos de seu belíssimo texto. O que o povo judeu sofre e sofreu nos da limite inelástico do que sofre um presidente bom e honesto na condução certeira de uma nação. Obrigado

  11. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    Constantino, admiro tua notável cultura social, política e econômica e respeito tua defesa da cultura judaica, mas talvez pela avançada idade, não consigo compreender em teu artigo o que é ser judeu. Se etnia, religião, predestinado, para fazer tamanho destaque de suas qualidades culturais premiadas em todas as academias da cultura, arte, ciência, etc.
    Agora, por que se segregam? Por que se dividem internamente em extremos radicais, conservadores e talvez liberais? Por que entendem que Jerusalém tem que ser sua capital sabendo que lá é a origem de cristãos, muçulmanos e judeus? Confesso que não entendo esse instinto de “ser superior” e tampouco por que não transmitem pacificamente seu enorme saber para as populações mundiais de várias etnias e crenças.
    Constantino, tenho origem portuguesa e penso até que com meu sobrenome NEVES, tenha origem de judeus sefarditas convertidos em cristãos, mas nunca me preocupei com isso, entretanto pergunto, se tenho essas origens poderia estar sendo admitido no Estado de Israel como cidadão israelense e receber os ensinamentos que nosso povo judeu transmite ao mundo?
    Vale dizer que penso ser também descendente de MOUROS que dominaram a península ibérica e se miscigenaram em Portugal e no mundo sem quaisquer preconceitos. Portanto Constantino, admiro e respeito todas as etnias, religiões, costumes e a harmonia dos povos. Para que enaltecer sabedoria com tanta miséria no mundo?

  12. JOAO BATISTA MORAES
    JOAO BATISTA MORAES

    Tenho certeza que não tenho a cultura do Rodrigo e a das outras pessoas que comentaram a matéria. Para mim é simples…. Porque odiar outro ser humano, seja de que raça for? Vamos trabalhar e construir o que acharmos importante. Aliás, é isso que os judeus, em geral, fazem: trabalham duro…

  13. Andrei Bolivar de Souza Coelho
    Andrei Bolivar de Souza Coelho

    Caramba! Que inveja de você, Constantino! A inveja que chamam de “branca”. Excelente texto que resume muito bem o sentimento agora explicado “antissemitismo”. Pergunte a quem critica os judeus o porquê da crítica. A resposta será sempre evasiva. Não conseguem nem replicar minimamente o que a impressa mundial prega. Por mais textos como esse!

  14. Dinarte Francisco Pereira Nunes de Andrade
    Dinarte Francisco Pereira Nunes de Andrade

    Me parece que tanto o Ricardo quanto o Igor têm alguma razão. Eu diria que o forte sentimento de identidade do povo judeu, chamado pelo Ricardo de semitismo, propiciou uma cultura exitosa, cuja contribuição para a humanidade como um todo na Filosofia, na Ciência e na Religião é indiscutivel. Se há aspectos criticáveis nessa cultura, qual não os tem?

  15. MARCOS HONORIO BELLUZZO
    MARCOS HONORIO BELLUZZO

    Um povo admirável
    .

  16. Jane Guimaraes Bueno
    Jane Guimaraes Bueno

    Tudo que é escrito pelo Rodrigo Constantino eu bato palmas. Concordo sempre com ele. Não tenho grandes conhecimentos como ele tem por isso tenho aprendido bastante com seus artigos. Sempre fui admiradora do povo judeu. Povo inteligente, estudado, esforçado por isso não é à toa que sempre estarão em primeiro lugar em tudo neste planêta.

  17. Andre mendonça
    Andre mendonça

    Admiro profundamente o povo judeu e sua resiliência. Há mais de dois mil anos perseguidos e expropriados, mantiveram seus valores e se transformaram no grupo cultural mais brilhante e duradouro da história da civilização. Se não fossem solidários, esforçados, inteligentes e cultos, não mais existiriam. Seriam um capítulo da história antiga, como os egípcios, fenícios, hititas , astecas e tantos outros povos, inclusive os gregos e romanos. A dívida que a humanidade deve aos judeus, em termos de arte, cultura e ciência, é impagável.

  18. Ricardo G. Filho
    Ricardo G. Filho

    Interessante ver que nem os livros citados (TODOS escritos por judeus) nem o próprio Rodrigo aceitam a razão básica para tais sentimentos negativos contra a tribo: a própria existência de um arraigado “semitismo” e seu consequente fraternalismo tribal que leva ao favorecimento de membros do mesmo grupo em ambientes influentes como Hollywood, bancos e advocacia. Se assim não fosse, como explicar a prevalência absurda de atores/personagens judeus e referências judaicas em filmes e seriados?

    Fora de máfias historicamente organizadas sobre bases étnicas, NENHUM outro grupo ao redor do mundo pratica tal tribalismo hoje: ter origem italiana, ser católico, ser branco, ser negro, ser ateu, etc., NENHUM destes “grupos” pratica a mesma coisa.

    Ademais, o judaísmo é a ÚNICA religião que se alia de forma quase absoluta a uma alegada origem étnico-genética, e aceita muito poucos casos de conversão vindos de outros grupos étnicos/religiões.

    Em resumo: não, não é porque eles são mais inteligentes ou questionam mais: mas simplesmente porque ter tal origem é, em determinados ambientes, quase que um passaporte para o sucesso nos dias de hoje, decorrente de uma preferência óbvia vinda de membros da mesma tribo.

    1. Igor Bernardes
      Igor Bernardes

      Discordo dessa linha, Ricardo. Se fosse algo puramente tribal, “semitista”, tal como você frisa/sobreleva tanto em seu argumento, os méritos e louros das conquistas dos judeus não perdurariam tanto tempo. Nobel, Oscar, medalha Fields, e ainda considerando tantas quanto foram (no âmbito em que é trabalhado o texto) não é fruto de tribalismo ou “semitismo”. Senão seria fácil ser contestado, ser provado o contrário, o erro, a irrelevância.

      1. Igor Bernardes
        Igor Bernardes

        Sem falar das empresas mencionadas no texto, que tem a provação constante do mercado, inclusive internacional.

    2. Andre mendonça
      Andre mendonça

      O sucesso do povo judeu não é dos dias de hoje não. É desde sempre. Temos que ter humildade para aceitar esse fato inconteste.

    3. Wesley Montechiari Figueira
      Wesley Montechiari Figueira

      Ou seja, é um erro deles terem história e prezarem por ela, ok? É um erro, ainda, ajudarem os “domésticos da fé” (expressão cristã, aliás) em detrimento de alguém “de fora”… em síntese, justifica-se bater e matar um grupo por conta de sua individualidade… ok. Não que judeus não façam com os outros, muitas vezes, segregações – casamentos mistos em ambientes ortodoxos podem dar em morte… mas cá entre nós, há uma certa diferença entre achá-los uma “mafia” (tendo 50% de sangue italiano, posso afirmar que tem uma certa máfia ali tb) e extermina-los… Como justificar os 22% de premios Nobel? A cátedra e os suecos também são semitas?

  19. MARCOS MAQUIAVEL VIAL
    MARCOS MAQUIAVEL VIAL

    Rodrigo Constantino, a Bíblia lida à luz do Espírito Santo discernirá que se trata de cunho espiritual. Sobre Israel e a Igreja existe a Profecia, Jesus é o Espírito de Profecia. A Profecia não é produzida pela vontade humana. E o que Deus fala, Ele vela para cumprir. Os ataques ao longo da história sempre foi para exterminar este povo e a Profecia que está sobre ele e a Igreja.

    1. MARCOS MAQUIAVEL VIAL
      MARCOS MAQUIAVEL VIAL

      Os ataques sempre foram.

      1. Teresa Guzzo
        Teresa Guzzo

        Uma aula virtuosa sobre o povo judaico,nos permite compreender as origens e qualidades admiradas por muitos.A persistência,a capacidade de superar adversidades constantes e sabedoria talvez seja a causa de tanto ódio.Superar o holocausto e as histórias verdadeiras contadas pelos sobreviventes, é para mim a grande força dos judeus.

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