O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou nesta quarta-feira, 5, um pedido ao Ministério das Relações Exteriores para acompanhar o caso das freiras brasileiras expulsas da Nicarágua.
Conforme noticiado por Oeste, a polícia da Nicarágua invadiu a casa das irmãs no último domingo 2 e prenderam as religiosas. As quatro freiras brasileiras são integrantes do grupo Pobres de Jesus Cristo, em León, no noroeste do país centro-americano.
No documento, o parlamentar solicita ao Itamaraty o levantamento de informações sobre o paradeiro e o estado físico das freiras. Além disso, Gayer pede para a pasta esclarecer junto ao país sandinista as razões para a deportação das religiosas para El Salvador.
“Rezo para que elas estejam bem e, mais do que isso, estou cobrando dos órgãos oficiais do nosso país para que intercedam por elas”, disse Gayer em entrevista a Oeste. “São cidadãs brasileiras perseguidas por defenderem sua fé. Esse é o triste retrato da esquerda sendo pintado sob nossos olhos: o Estado esmagando quem não se curva à sua ideologia nefasta e criminosa. Há uma perseguição aos cristãos na Nicarágua de Ortega.”
“Bispo preso por críticas ao ditador da Nicarágua é solto e deve ser exilado”
Ainda segundo o parlamentar, além do Ministério das Relações Exteriores, o Ministério dos Direitos Humanos será acionado para acompanhar o caso das religiosas e colaborar no levantamento de mais informações sobre as irmãs.
Perseguição a freiras e outros religiosos se intensificou na Nicarágua a partir de 2018
O presidente da Nicarágua acusa bispos de “golpismo” por apoiarem protestos da oposição feitos em 2018. Em quatro anos, a Igreja Católica recebeu mais de 200 ataques na Nicarágua.
Ortega está no governo desde 2007. Sistematicamente, candidatos da oposição têm sido presos. As últimas eleições, de 2021, foram realizadas com sete candidatos da oposição presos. Organizações internacionais denunciaram fraudes no pleito.
Pressionado por organizações internacionais, Ortega libertou 222 opositores da prisão neste ano, mas expulsou-os para os Estados Unidos. Além disso, o ditador de extrema-esquerda retirou a nacionalidade de ao menos 94 deles.