O governo da Dinamarca anunciou nesta quarta-feira, 14, que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford foi retirada do programa nacional de imunização. Foi o primeiro país da Europa a adotar essa medida.
Leia mais: “AstraZeneca revisa dados e diz que vacina tem 76% de eficácia contra covid-19”
A Agência Nacional de Saúde do país informou, em nota, que “decidiu continuar a vacinação contra a covid-19 sem a vacina da AstraZeneca”. O texto, entretanto, deixa a aberta a possibilidade de o imunizante voltar a ser usado “em outro momento”, dependendo de novas avaliações.
Leia mais: “Tudo o que você precisa saber sobre a vacina da Oxford”
De acordo com as autoridades sanitárias dinamarquesas, cerca de 2,4 milhões de doses da vacina serão retiradas das unidades de saúde do país. A aplicação dos imunizantes da Pfizer e da Moderna será mantida.
Leia também: “Vacina da Oxford: países retomam uso após aval da ‘Anvisa’ da UE”
“Os próximos grupos-alvo para vacinação têm menos probabilidade de adoecer gravemente por causa da covid-19. Devemos pesar isso contra o fato de que agora temos um risco conhecido de efeitos adversos da vacinação com AstraZeneca, mesmo que o risco em termos absolutos seja pequeno”, explicou o diretor-geral da agência, Søren Brostrøm, ao anunciar a “decisão difícil”, segundo ele.
Na semana passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou que a vacina da Oxford/AstraZeneca pode ter relação com o aparecimento de coágulos sanguíneos. Apesar do anúncio, o órgão esclareceu que os casos são “muito raros” e que o saldo entre benefícios e riscos da aplicação do imunizante ainda é “positivo”.
Leia mais: “Agências norte-americanas recomendam pausa na aplicação de vacinas da Johnson & Johnson”
Com informações da Reuters
Eleição dos EUA: democratas perdem 3,5 milhões de eleitores; republicanos ganham 140 mil 