A Dinamarca reabriu a embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, nesta segunda-feira, 2. A representação estava fechada desde 24 de fevereiro, quando teve início a invasão russa ao território ucraniano.
Outros países também já anunciaram a reabertura da embaixada em Kiev. De acordo com a agência Reuters, a lista inclui França, Estados Unidos e Grã-Bretanha.
“Acabo de hastear a bandeira na embaixada dinamarquesa em Kiev”, informou Jeppe Kofod, ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, por meio do Twitter. “É emocionante conhecer tanto os funcionários locais quanto os dinamarqueses que passaram por aqui na capital nos últimos dois meses.”
Kofod disse à emissora dinamarquesa DR que o ato é um símbolo muito forte do apoio dinamarquês “à Ucrânia e ao povo ucraniano”. Em passagem por Kiev, o diplomata usou o Twitter para comentar efeitos da guerra em áreas civis da cidade e declarou que os responsáveis precisam ser processados.
“Horrível testemunhar as destruições aqui nos subúrbios de Kiev”, postou . “A Dinamarca apoia firmemente o trabalho para investigar e processar os responsáveis por esses ataques.”
Um dia antes da visita, Kofod usou a rede social para acusar os russos de violarem o espaço aéreo dinamarquês. “Isso é completamente inaceitável e extremamente preocupante na situação atual”, afirmou. Na postagem, ele disse que o embaixador da Rússia vai ser convocado para prestar esclarecimentos.
O incidente ocorreu na noite da sexta-feira 29. A Dinamarca é um dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
“Trata-se de um avião de reconhecimento que esteve no nosso espaço aéreo por um tempo muito curto”, disse à agência de noticias AFP um assessor de imprensa do Ministério da Defesa da Dinamarca. “Dois F-16 dinamarqueses intervieram imediatamente.”
Leia também: “A guerra que o Ocidente poderia ter evitado”, artigo de Flavio Morgenstern publicado na Edição 102 da Revista Oeste