Em um anúncio surpreendente e que desperta dúvidas e incertezas dos analistas políticos, o ditador das Filipinas, Rodrigo Duterte, afirmou neste sábado, 2, que vai se aposentar e deixar a vida pública. Até então, o líder do país se apresentava como candidato à vice-presidência nas eleições marcadas para o ano que vem.
Quando anunciou a intenção de concorrer ao posto de vice-presidente, Duterte foi criticado até por apoiadores “Em obediência à vontade do povo, que me colocou na presidência há muitos anos, eu digo aos meus compatriotas que eu seguirei o desejo deles”, afirmou.
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Nos bastidores, especula-se que o objetivo do ditador filipino é abrir espaço para a candidatura de sua filha, Sara, à presidência do país. Ela já protocolou candidatura à prefeitura da cidade de Davao.
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Analistas políticas avaliam que Duterte precisa fazer o sucessor para se proteger de ações criminais, seja nas Filipinas ou em tribunais internacionais. Ele pode ser condenado por milhares de mortes de adversários políticos que foram perseguidos durante seu governo. Há ainda quem aposte na tentativa do ditador de mudar a Constituição do país para concorrer a um novo mandato.
Em maio do ano que vem, mais de 60 milhões de filipinos votarão. Serão eleitos o presidente, o vice e mais de 18 mil parlamentares e governantes locais.