A ditadura da Venezuela criticou, na sexta-feira 23, a declaração assinada por 11 países americanos sobre o processo eleitoral que reelegeu Nicolás Maduro. Os signatários contestam a vitória do ditador chavista.
Em pronunciamento, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que o país “rejeita nos termos mais enérgicos o grosseiro e insolente comunicado”. Na declaração, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Estados Unidos condenam a sentença da Suprema Corte da Venezuela, que chancelou a reeleição de Maduro.
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Para o chanceler venezuelano, Yván Gil, os países violam o Direito Internacional ao cometerem um “ato inaceitável de ingerência em assuntos que apenas competem aos venezuelanos”. Ele chamou os 11 países de “fracassados”, além de “cúmplices da violência” desencadeada nos protestos depois do pleito.
A chancelaria de Caracas disse também que exige respeito à soberania e à independência do país. “Querem colocar as mãos nos recursos naturais que não lhes pertence e tentam impor uma política de mudança de regime típica dos golpes de Estado”, alegou Yván Gil.
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Apesar da pressão internacional, a Venezuela proibiu a divulgação das atas eleitorais. A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Caryslia Rodríguez, anunciou que a Câmara Eleitoral validou os resultados eleitorais emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A declaração que se tornou alvo da ditadura da Venezuela
Na declaração, os 11 países reiteram que “somente uma auditoria imparcial e independente dos votos, capaz de avaliar todos os registros, garantirá o respeito à vontade soberana do povo e à democracia na Venezuela”.
“Rejeitamos o anúncio do TSJ, que confirmou suposta verificação dos resultados do processo eleitoral de 28 de julho, emitido pelo Conselho Nacional Eleitoral”, disseram os líderes dos países, em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Equador.
Brasil não participa da declaração
Maior coalizão opositora da república bolivariana, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) alega que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu a eleição presidencial por uma ampla margem. Inclusive, o partido divulgou 83,5% das atas eleitorais para reforçar a reivindicação — apoiada por vários países e organizações nacionais e internacionais.
O Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão do TSJ da Venezuela. Antes de o Judiciário de Caracas referendar a vitória chavista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que Maduro poderia “convocar novas eleições” e “estabelecer critérios de participação dos demais candidatos”. O presidente colombiano, Gustavo Petro, endossou a proposta.
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E assim, de bravata em bravata esse verme vai se mantendo no poder enquanto acaba com o país.
Pobres venezuelanos.
Os países fracasados vão receber os venezuelanos que vão mandar dinheiro para o paraíso.