Lee Boo-jin, filha do falecido presidente da Samsung, Lee Kun-hee, viveu um romance quase literário ao se apaixonar pelo seu segurança, Im Woo-jae. Este último e foi contratado pelo próprio Kun-hee para cuidar da herdeira.
Com o tempo de convivência, o casal se apaixonou e se casou em 1999. No entanto, o fim da história não é nada feliz: houve um divórcio em 2019.
O processo foi avaliado em R$ 3 bilhões. A decisão veio de Boo-jin, mas, apesar de o pedido ter sido aceito pela Justiça sul-coreana, Woo-jae pediu um recurso. Isso fez com que a separação se arrastasse pelos anos seguintes.
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A história do casal é repleta de situações dramáticas, surpresas e reviravoltas dignas de um roteiro de dorama.
Presidente da Samsung não aceitava o romance
Boo-jin e Woo-jae se conheceram em 1995, quando participaram de uma ação social em um abrigo para crianças com deficiência em Seul, capital do país. Os dois começaram a ter uma relação próxima. Um dia, Boo-jin declarou seu amor para o segurança.
O relacionamento não foi bem recebido pelo pai de Boo-jin. Na cultura da Coreia do Sul, os chaebols, membros de conglomerados empresariais e industriais controlados por famílias ( Samsung, Hyundai, LG) devem se casar entre si para que os negócios sejam perpetuados.
A decisão da filha de Kun-hee, o maior chaebol do país, de namorar com um “plebeu” foi um choque para a elite da época.
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O então presidente da Samsung tentou achar um marido “adequado” para a filha de todas as formas, mas o relacionamento entre ela e o segurança se tornava ainda mais firme. Eventualmente, Kun-hee permitiu o namoro, que se tornou um casamento pouco tempo depois.
A cerimônia aconteceu em 1999 e rendeu para Woo-jae o apelido de “Senhora Cinderela” na imprensa sul-coreana. Para compensar a origem “simples”, Kun-hee exigiu que Woo-jae fosse estudar nos Estados Unidos, uma experiência que durou pouco tempo. O segurança começou a trabalhar para a Samsung depois de voltar para a Coreia do Sul.
Os primeiros anos de casamento de Boo-jin e Woo-jae foram dignos de contos de fadas. Ele eram vistos como grandes empresários pela sociedade sul-coreana e tiveram um filho juntos. Em pouco tempo, tudo mudaria.
O fim do conto de fadas
Woo-jae passou a ter seu nome citado em tablóides. Segundo relatos, anos depois de se casar com Boo-jin, Woo-jae começou a frequentar festas e a beber com frequência, mas nenhum desses boatos provou ser verdadeiro até 2009.
Naquele ano, a atriz Jang Ja-yeon tirou sua vida e deixou uma carta falando sobre algumas de suas experiências. Lá, relatou ter sofrido abuso sexual de diversas figuras influentes do país e citou seus nomes. Woo-jae foi citado por Ja-yeon. E foi comprovado pela polícia que eles estiveram em contato no mês em que a atriz morreu.
Depois de anos turbulentos, o processo de divórcio foi aberto por Boo-jin em 2014. O pedido foi aceito pela Justiça, mas Woo-jae recorreu, o que fez com que o processo se arrastasse pelos anos seguintes.
Em 2016, o ex-guarda-costas iniciou uma ação judicial simultânea ao divórcio, solicitando pensão alimentícia e partilha de ativos, no valor de 1,2 trilhão de wons (aproximadamente R$ 3 bilhões). O pedido de Woo-jae foi rejeitado.
No fim do processo, em 2019, o Tribunal da Família de Seul decidiu que Lee Boo-jin ficaria com a guarda do filho do casal e deveria pagar 8,6 bilhões de wons (cerca de R$ 32 milhões).
Em meio ao divórcio, Woo-jae deixou seu cargo na Samsung, recebendo uma notificação de rescisão contratual em dezembro de 2017. Ele passou a ocupar uma posição “simbólica” na empresa.
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“Água de morro abaixo, fogo de morro acima e uma mulher apaixonada, ninguém segura”.