Bashar Al-Assad foi reeleito presidente da Síria, com 95,1% dos votos, para assumir seu quarto mandato. A informação foi confirmada por autoridades do país na noite de ontem, quinta-feira 27.
As eleições foram marcadas por tensões internacionais e boicotes, além de não ter legitimidade reconhecida pelos opositores Abdallah Saloum Abdallah, ex-vice-ministro de gabinete, e Mahmoud Ahmed Marei, chefe do partido de oposição.
O processo eleitoral, controlado pelo regime de Assad, foi questionado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu votação sob supervisão internacional. A supervisão, todavia, não ocorreu.
Alemanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido afirmaram na terça-feira 25 que a eleição não seria livre ou justa. Outras nações, como Irã e Rússia, apoiam Assad.
Com o novo mandato de sete anos, Assad completará 28 anos no poder. Ele assumiu a cadeira em julho de 2000, quando seu pai, Hafez Al-Assad, foi morto.
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Assim como ninguém contesta a China, ninguém vai contestar nada que a Rússia apoie. É isto, o resto é só perfumaria.
A própria percentagem da “vitória” já revela claramente que a “eleição” não foi livre e justa.