Uma equipe de arqueólogos descobriu um crânio de lobo que seria responsável por “espantar espíritos malignos”, sobre um túmulo que havia sido saqueado há 2 mil anos na região de Cheia, na Romênia. A descoberta foi publicada no portal polonês Naula W Polske, em 16 de junho.
Os especialistas acreditam que os ladrões colocaram o artefato no local na crença de que ele espantaria algum espírito que quisesse se vingar pelo roubo.
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O túmulo é quase invisível a olho nu, visto que está em um campo que é cultivado há muito tempo. Pesquisas geofísicas na área, estudada por arqueólogos romenos e poloneses desde 2008, revelaram que o diâmetro da cova poderia medir até 75 metros.
A equipe também encontrou os restos mortais de uma pessoa que teria sido cremada ao lado de seus pertences funerários, dentro de uma caixa de madeira, além de pregos e peças de bronze que teriam decorado o caixão.
Cremação na tumba com o crânio de lobo
Depois de o indivíduo ter sido cremado, algumas tábuas de madeira foram colocadas em cima do buraco em sua cova. O pesquisador Bartłomiej Szymon Szmoniewski, do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Academia Polonesa de Ciências e um dos líderes da escavação, disse que essa prática era conhecida como “o Carsium do baixo Danúbio” no período romano.
“O fechamento da vala do roubo é interessante e inusitado”, observa Szmoniewski. “Várias pedras teriam sido colocadas ali, e havia uma caveira de lobo acima delas. Provavelmente era uma espécie de ritual e procedimento mágico que visava fechar o espaço saqueado a fim de impedir a saída e possível vingança do espírito que havia sido roubado”, acrescenta o pesquisador.