O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, intensifica a repressão à oposição no país, a poucos dias das eleições presidenciais, de 28 de julho. Maduro utiliza de prisões arbitrárias, controle do Poder Judiciário, ao indicar familiares aos cargos, e acusações contra adversários políticos.
De acordo com denúncias feitas ao portal argentino Infobae, líderes da oposição presos são coagidos a testemunhar contra a principal opositora de Nicolás Maduro, María Corina Machado, em troca de liberdade.
Isso ocorre em razão da configuração do sistema judicial. O órgão é dominado por familiares e aliados do ditador, o que dificulta a defesa privada dos presos políticos.
Controle do Judiciário venezuelano por familiares de Nicolás Maduro
O Judiciário venezuelano é controlado por figuras como Cilia Adela Flores, a primeira-dama, e Diosdado Cabello, um deputado chavista.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Na Defensoria Pública, María Adelaida Maduro Moros, irmã de Nicolás Maduro, atua há quase 14 anos. O ex-marido dela, Ciro Ramón Araújo, foi defensor público-geral entre 2011 e 2015, período em que foi acusado de corrupção e de escândalos extraconjugais.
Influência de Cilia Flores e Diosdado Cabello
A primeira-dama perdeu influência para Diosdado Cabello em decisões judiciais, mas ainda participa da inclusão de réus nos autos. Os processos são criados por órgãos como o Serviço de Inteligência, controlado por Cabello.
Já Rogers Flores, cunhado de Nicolás Maduro, também atuou na Defensoria Pública, ao posicionar parentes no Poder Judiciário. A saber, o ex-cunhado, irmãos e até sobrinhos de Maduro.
Nomeações de familiares ao Judiciário
Irvin Molina Flores, sobrinho de Maduro, e Walter Gavidia Flores, filho da atual mulher de Nicolás Maduro, foram nomeados juízes.
Elsa Janeth Gómez Moreno, magistrada do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e diretora do Sistema Penal Juvenil, é tia de Jenifer Karina Fuentes Gómez de Gavidia, nora de Cilia Flores e advogada assistente no STJ venezuelano.
O nome de Jenifer apareceu na Operação Money Flight, sobre corrupção na petroleira venezuelana PDVSA.
Michel Adriana Velásquez Grillet, juíza do STJ, é casada com um sobrinho de Cilia Flores, Carlos Erik Malpica Flores.
A juíza é alvo de investigação por corrupção na Fundação Pró-Pátria 2000. Nessa instituição, o filho de Cilia Flores, Walter Jacob Gavidia Flores, foi nomeado presidente em 2014.
Assim seria o Brasil sonhado pelo ex-presidiário.
Isso é o que eu chamo de familicia. Pobre Venezuela nas mãos desses vermes. Deus liberte a Venezuela dessa gente.
Quando um Governate nomeia a Justiça, dá nisso…!
O nosso STF que diga o contrário…
Esse “modus operandi” já é conhecido…