O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de exceção no país na segunda-feira 8 depois da fuga do chefe da maior organização criminosa de um presídio em Guayaquil.
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Trata-se de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, 44 anos, um dos líderes do grupo Los Choneros e tido como um dos criminosos mais perigosos do Equador. Depois da constatação da fuga, na noite de domingo 7, a polícia e o Exército convocaram mais de 3 mil homens para tentar encontrar o narcotraficante.
Em um vídeo, Noboa, candidato de centro-direita que assumiu o cargo há um mês e meio, disse que “acabou o tempo em que os condenados por narcotráfico, assassinatos e crime organizado ditavam ao governo o que fazer”. “Não vamos negociar com terroristas nem descansaremos até devolvermos a paz a todos os equatorianos”, declarou.
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Ele explicou que o motivo do estado de exceção é dar ao Exército poderes para agir contra as facções que controlam o tráfico e “recuperar o controle” das prisões do país, que “se perdeu nos últimos anos”.
Noboa, ex-deputado e empresário, assumiu o governo equatoriano depois de derrotar Luisa González, candidata apoiada pelo esquerdista Rafael Correa, nas eleições de 15 de outubro.
O estado de exceção, com vigência de 60 dias, permite que as Forças Armadas do Equador deem sustentação ao trabalho da polícia nas ruas. Durante o estado de exceção, alguns direitos serão suprimidos:
- direito de locomoção, há toque de recolher entre 23h e 5h;
- direito de reunião;
- direito à privacidade de domicílio e de correspondência (ou seja, não é preciso uma ordem judicial para que as autoridades entrem nas casas das pessoas).
No governo anterior, de Guillermo Lasso, o Equador passou por estado de exceção duas vezes: em 2021, para o combate a grupos de narcotraficantes, e em 2023, depois da morte de um candidato à Presidência.
Fugitivo tinha sido condenado a 34 anos de prisão por crimes no Equador
O governo ainda não divulgou nenhum detalhe sobre a fuga de José Adolfo Macías Villamar, o Fito, líder do grupo criminoso Los Choneros.
De acordo com a imprensa equatoriana, a facção começou suas atividades com um grupo de matadores de aluguel. Depois, os criminosos passaram a traficar e praticar roubos. O grupo se associou, em vários crimes, ao cartel de Sinaloa, do México.
Fito estava preso desde 2011 para cumprir uma pena de 34 anos de prisão. Ele foi condenado por roubo, organização criminosa, posse de armas e assassinato. O narcotraficante assumiu o controle da facção depois da morte do chefe anterior, José Luis Zambrano, conhecido como Raquiña.
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