Tupac Shakur, um dos rappers mais bem-sucedidos e influentes de todos os tempos, foi assassinado a tiros em Las Vegas, nos Estados Unidos, em 1996. Depois de 27 anos, a polícia prendeu um homem suspeito de ter participado do ataque que tirou a vida do astro do hip-hop.
Duane “Keffe D” Davis foi detido pela polícia de Las Vegas nesta sexta-feira, 29, e agora enfrenta uma acusação de assassinato com arma mortal. Davis admitiu em seu livro de memórias Compton Street Legends que ele estava no carro de onde partiram os tiros.
Além disso, Davis também identificou seu sobrinho, Orlando Anderson, como o autor dos disparos que ceifaram a vida de Tupac Shakur. Anderson era membro da gangue South Side Compton Crips e morreu aos 23 anos, num tiroteio em 1998.
Duane “Keffe D” Davis se apresentou como “testemunha” do crime
Anderson negou envolvimento no assassinato do rapper e nunca foi acusado. Os outros dois homens que estavam no Cadillac, Terrence Brown e DeAndre Smith, também estão mortos, de acordo com o jornal norte-americano New York Post.
Um grande júri no Estado de Nevada indiciou Davis pelo assassinato. Marc DiGiacomo, vice-promotor distrital, descreveu Davis como o “comandante local” que “ordenou a morte” de Shakur, em vez de apenas um espectador.
As declarações do promotor rebatem o livro de memórias de Davis, que o apresenta como uma “testemunha”. “Duane ‘Keffe D’ Davis, ex-defensor do Southside Compton Crips e chefão de uma operação antidrogas baseada em Compton, ganhou destaque nacional como uma das únicas testemunhas vivas do assassinato do rapper Tupac Shakur em 1996”, diz a apresentação do livro na Amazon.
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Apesar do crime ter sido cometido há quase 30 anos, Nevada não tem prazo de prescrição para processar casos de assassinato, por isso Davis está no banco dos réus.
Em uma entrevista coletiva, Steve Wolfson, promotor público do condado de Clark, explicou como uma pessoa que ajuda e é cúmplice de um assassinato ainda pode ser acusada por isso. Um detetive aposentado disse que Duane “Keffe D” Davis “forneceu a arma e procurou ativamente Tupac com seu sobrinho”.
O homem falou pela primeira vez sobre sua participação no crime em 2010, em uma reunião com autoridades federais e locais. Davis disse que concordou em falar com eles sobre o tiroteio em troca de retirarem as acusações por drogas num caso federal em que ele poderia receber pena de prisão perpétua.
Black Lives Matter….que se matem oras!!, sem mimimis.