Estudante diz que só há dois gêneros, é suspenso e preso por tentar voltar ao colégio

Na minha opinião, o objetivo dessa militância é a perversão de nossas crianças.

Eu e você, leitor, e tantos outros brasileiros, provavelmente fomos criados num ambiente sadio, onde menino era macho e menina era fêmea. Tão somente. Com certeza, nosso tempo tinha defeitos, pois nada é perfeito. Mas, você nunca irá contestar que o modo de educar a criança, na nossa época, tratando o menino como macho e a menina como fêmea, fosse errado.
Essa estória de educar a criança dentro dessa ideologia distorcida, invertendo valores, é, no mínimo, uma tremenda falta de respeito, um engodo sorrateiro para desnortear-lhe a formação.

Eu sou exatamente um dos que não toleram a afronta a nossa língua, a nossa cultura, e às leis naturais. Essa estória de ideologia de género, na esfera do livre pensar, se você está de acordo, não serei eu a tentar convencê-lo do contrário, mesmo que eu pense que se trata de uma tremenda estupidez.
E género neutro? Ihhhihhhh, para mim, outra face do descaramento (não me incomoda se me pensar preconceituoso).
Você sabe, tenho certeza, que de há muito existe um movimento que visa a destruição da família, começando pelas crianças. Isso acaba com a estrutura social na qual fomos criados. E uma vez destruída a família, base das sociedades, não resta muito do que esperar no caos moral subsequente.
Espere para ver. Talvez não esteja muito longe de isso acontecer, caso nossa sociedade não acorde para o perigo.

Procuro externar meu modo de pensar sobre o assunto nas considerações expostas a seguir:

Devaneios de um cidadão que só conheceu dois gêneros em língua portuguesa – o *masculino e o feminino*. E, ainda, sem falar em terminações de palavras, nas quais o artigo definido indicava o gênero, por exemplo: o estudante, a estudante; o cliente, a cliente; o presidente, a presidente, etc., etc..
Aprendi que gênero neutro existe no grego, no latim (e também em outras línguas). Português, como outras línguas européias, derivadas diretamente do latim (língua neolatina), não tem gênero neutro. Dito isso, lembro que _isso_ é um pronome que não varia, deriva de um pronome latino neutro – ‘ipsum’. Mas não é neutro!

No meu entender, quem quiser comer merda, aproveite o seu cardápio, mas tenha consciência de que cada pessoa tem suas preferências. O bom senso diz que respeitar a opção do outro é o primeiro passo para uma convivência no mínimo pacífica. Todavia, pára aí, no respeito. Não necessariamente na adesão. E há-de admitir-se e esperar que direitos sejam respeitados, posto que se trata de uma leitura muito atual, onde cada um se arvora de direitos, muitas vezes esquecendo-se de que, pelo mesmo motivo, o outro também tem direitos semelhantes.
Minorias querendo impor modismos, tendências, em nome de uma falsa inclusão social, de combate ao preconceito e outras palavras de ordem; tudo isso cheira a agenda de quem deseja mesmo bagunçar o coreto, além de desprovido de argumentação convincente, e nem percebe o quanto desrespeita a si mesmo.
Ao defender essas cartilhas de linguagem neutra, estão a desrespeitar a nossa língua portuguesa, construída ao longo de anos, séculos, com suas bases estruturais oriundas principalmente do latim e do grego, estas, por sua vez, assentadas na ancestralidade milenar do tronco indo-europeu; jogam na lixeira toda a plêiade de escritores que forjaram em seu fazer cultural a beleza da língua, em sua expressão mais pura. A língua portuguesa é jovem, é ela essa “Última Flor do Lácio, inculta e bela”, tão bem decantada no soneto de Olavo Bilac, mas certamente desconhecida desses arautos do neutro.
Já não basta o famigerado acordo ortográfico, que nos introduziram goela abaixo?
Até parece coisa de corrente do politicamente correto, a qual, não tendo o que fazer, vai mexer no que há de mais coerente e funcional nos países lusófonos, qual seja , a estrutura da linguagem.
Aprendi, nos meus anos de escola, que a língua tem sua expressão máxima de pureza no estilo literário clássico. Correntes literárias aos poucos introduziram novas modalidades de discurso e começaram a adotar, em estilo e escrita, o linguajar popular. Mas, esse processo não alterou a base da língua, apenas trouxe para o papel, para o livro uma realidade cultural. Assim, a expressão da linguagem popular sofre mudanças, por força do hábito de um povo, até que tais mudanças se incorporam no vocabulário padrão, como de uso regional, restrito; assim o registram os dicionários.
Todavia, a pureza da língua é mantida. Vejo a língua como a expressão máxima da unidade de um povo.
Querem forçar a introdução de variantes, supostamente para inclusão de minorias, em detrimento de maiorias, entretanto, não percebem que ao incluir-se num contexto social sui generis, na verdade, excluem o restante da sociedade e formam um ‘gueto’ para si, uma nova tribo (inda bem que não podem reivindicar território, já pensaram nisso?). Então, o problema social não foi resolvido, mas outros foram gerados, por pura burrice, ou estupidez latente, arraigada de preconceito e intolerância. Só para chamar a atenção sobre si. Na minha modesta opinião, trata-se de asneira pré-concebida de mentes que precisam ocupar-se em produzir algo de mais útil para justificar sua inclusão social, pelo trabalho e pela colaboração para o bem-estar da sociedade em que estão inseridas. Ou seja, no ambiente da família, de seus amigos, de sua cidade… Cada pessoa tem capacidade de mudar o mundo a sua volta, coisa como canalizar energias para transformar deserto em oásis. Pelo trabalho. Militância nos moldes desses arautos da bizarrice não leva a um fim útil.
Ainda me restam alguns anos de vida, para ver onde isso vai dar. Para concluir, permitam-me citar, à repetição, Einstein, quando diz: “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta”.