Os familiares de Michael Schumacher estão preocupados com uma possível divulgação on-line de imagens do ex-piloto de Fórmula 1. Conforme publicação do jornal britânico Daily Mail, a preocupação surgiu do desaparecimento de um disco rígido (HD, do inglês hard drive) do heptacampeão.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Segundo as imprensas inglesa e alemã, o HD continha informações privadas, fotos, vídeos e registros médicos de Schumacher. A condição de saúde do ex-piloto é mantida sob sigilo desde o acidente que quase lhe tirou a vida, no ano de 2013. Até o momento, ele não apareceu publicamente em nenhuma ocasião, nem mesmo em fotografias.
Três suspeitos que supostamente orquestraram um plano de extorsão de R$ 91,9 milhões contra Schumacher compareceram ao Tribunal Distrital de Wuppertal, perto de Dortmund. Os acusados foram acusados de ameaçar a família do astro da Ferrari e conspirar para vazar fotos privadas dele na internet.
Leia mais:
As fotos faziam parte de um conjunto de 1,5 mil arquivos de computador, como vídeos pessoais, listas de medicamentos e o conteúdo do prontuário médico de Schumacher. Eles teriam sido roubados por um ex-segurança que trabalhava para a família do piloto.
Todos os dados foram, supostamente, transferidos para dois discos rígidos e quatro pen drives. No entanto, um dos discos rígidos, que ainda pode conter dados sobre a lenda da F1, desapareceu. Os três acusados enfrentam penas de prisão caso sejam condenados.
O que aconteceu com Michael Schumacher?
A vida de Michael Schumacher esteve por um fio em 2013, quando o alemão participou de uma corrida de esqui na França. Sob a neve, uma pedra escondida interrompeu a descida do piloto, que foi jogado para cerca de 3,5 metros à frente.
A lenda da Fórmula 1 bateu com a cabeça em uma rocha, que rachou seu capacete ao meio e lhe causou graves lesões cerebrais. Na ocasião, dada a dificuldade de acesso ao local, ele teve de ser resgatado de helicóptero.
Naquele momento, sua família foi avisada para se preparar para o pior cenário, pois a situação era muito pior do que se acreditava. Os médicos consideravam que Schumacher provavelmente ficaria em coma induzido por pelo menos 48 horas, enquanto seu corpo e mente se recuperavam.
Porém, o coma durou 250 dias — mais de oito meses. Neste período, o piloto sofreu operações cerebrais e teve sua temperatura corporal reduzida. Ao acordar, em junho de 2014, ele foi liberado do hospital e enviado para sua casa na Suíça, onde vive até hoje.
De lá para cá, sua mulher Corinna e seu círculo íntimo de amigos evitam que qualquer informação sobre seu estado de saúde vaze. Apenas pequenas quantidades de informações foram divulgadas, como relatos de que Schumacher estava em uma cadeira de rodas, mas pode reagir a coisas ao seu redor.
Leia também: “A perigosa politização do esporte”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 24 da Revista Oeste
