Os Estados Unidos devem acolher até 100 mil refugiados ucranianos, informou, nesta quinta-feira, 24, a Casa Branca. Desde o início da invasão russa, quase 4 milhões de pessoas fugiram do país, calcula a Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com The Wall Street Journal, Joe Biden está trabalhando para desenvolver novos programas de acolhimento aos ucranianos que têm familiares em território norte-americano.
A União Europeia (UE) caminha na mesma direção. Desde 24 de fevereiro, os países do bloco receberam 3,5 milhões de refugiados ucranianos. Além disso, estão fornecendo serviços básicos para as pessoas que fogem da guerra, como alimentação, abrigo e educação. A Irlanda, por exemplo, está dispensando vistos para os ucranianos. O Reino Unido, desvinculado da UE, está permitindo a permanência dos refugiados na ilha.
Os ucranianos estão se estabelecendo majoritariamente em países da Europa Central, como a Eslováquia e a Polônia. Ambas as nações falam uma língua semelhante à ucraniana, compartilham laços culturais e séculos de história — o que facilita a adaptação dos refugiados. No entanto, o alto número de migrantes não corresponde ao baixo número de vagas de emprego disponíveis. A Polônia, para onde fugiram mais de 2 milhões de pessoas, está pedindo ajuda internacional para lidar com esse problema.
“Este é um teste para nós: Putin queria nos enfraquecer, nos dividir”, disse o presidente polonês, Andrzej Duda. “Esta é sua tática: desestabilizar países com refugiados. Isso não ocorrerá por apenas uma semana ou duas.”
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