Hugo Carvajal, que foi um dos principais aliados de Hugo Chávez, ex-ditador da Venezuela — morto em 2013 —, será extraditado para os Estados Unidos, onde responde a acusações de tráfico de drogas.
O Supremo Tribunal da Espanha ordenou, na terça-feira 18, que a Interpol faça a extradição do ex-espião imediatamente.
A decisão vem depois que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos negou, na semana passada, uma tentativa de Carvajal para evitar a extradição que já havia sido autorizada pela Espanha.
Em comunicado, o tribunal informou que a Embaixada dos Estados Unidos e a prisão onde Carvajal se encontra desde 2021, em Estremera, nos arredores da capital, Madri, serão informadas da decisão.
Leia também: Maduro proíbe observadores europeus em eleições da Venezuela
Um tribunal de Nova Iorque acusou Carvajal, em 2011, de ter coordenado o envio de 5,6 toneladas de cocaína da Venezuela para o México em 2006, que posteriormente chegaram aos Estados Unidos, atos que podem levar à prisão perpétua.
Em 2020, o ex-diretor da inteligência militar venezuelana foi acusado de tráfico de drogas, junto com mais de uma dúzia de outras autoridades de alto escalão, incluindo o atual ditador, Nicolás Maduro.
Quem foi o ex-espião?
Hugo Carvajal foi considerado os “olhos e ouvidos” do ex-ditador Hugo Chávez nas Forças Armadas da Venezuela.
Em sua fuga, o general aposentado, de 63 anos, passou por cirurgias estéticas, usava bigodes e perucas postiças e mudava de endereço a cada três meses, segundo a polícia.
Apesar de ter sido uma figura importante no regime chavista durante anos, quando Maduro subiu ao poder, Carvajal passou para a oposição.
Veja mais: A fuga dos venezuelanos
Esse nunca mais vai ver o sol redondo.
E nosso descondenado orquestra a narrativa angelical do narcotraficante Nicolas Maduro.