A morte do guerrilheiro e ex-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Jesús Santrich na segunda-feira 17, na Venezuela, permanece cercada de mistério. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira, 19, pela imprensa do país, ele teria sido morto por militares colombianos durante um confronto entre dissidentes da facção criminosa e forças de segurança. O governo do presidente Iván Duque nega que tenha relação com a morte de Santrich.
De acordo com veículos de imprensa da Colômbia, um grupo formado por pessoas que vestiam uniforme militar e portavam armas de alto calibre chegou no início da semana ao acampamento em que Santrich se escondia havia pelo menos três meses, no Estado de Zulia, na Venezuela. Relatos dão conta de que uma rede de segurança que dava guarida ao ex-líder das Farc composta de 12 homens foi rapidamente desmantelada e, em seguida, Santrich foi morto.
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O ex-guerrilheiro vivia em um acampamento na Serra de Perijas, próxima a Machiques, município do sul da Venezuela, desde que decidiu se mudar de Caracas, onde era protegido por um grupo paramilitar chavista com o apoio do regime do ditador Nicolás Maduro. Dissidentes da frente guerrilheira Segunda Marquetália divulgaram um comunicado em que afirmam que “Jesús Santrich foi assassinado por ordens do presidente da Colômbia na Venezuela” e que, no ataque, “foi decepado um dedo esquerdo do guerrilheiro”.
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“O veículo no qual o comandante viajava foi atacado com tiros de rifle e explosões de granadas. Após o crime, os assassinos cortaram o dedo mínimo de sua mão esquerda. Poucos minutos depois, próximo ao local, os comandos foram rapidamente levados em um helicóptero amarelo que se dirigia à Colômbia”, diz o texto divulgado pelo grupo.
Com informações de agências internacionais
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