Em uma entrevista ao jornal The Sun no sábado 24, o ex-soldado britânico Shaun Pinner, um dos dez estrangeiros libertados na troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia na semana passada, disse que foi torturado durante o período em que ficou como refém dos russos.
Segundo ele, assim que se entregou, foi eletrocutado e ferido com uma faca. Nos seis meses de detenção, o militar alegou ter sofrido, continuamente, torturas, além de comer apenas ração, pão e água.
De acordo com Pinner, um dos métodos de tortura era reproduzir músicas 24 horas, de modo a impedir que os prisioneiros dormissem. Canções de Abba e Slipknot compunham a lista dos russos.
Pinner conta que, se dormisse fora do período determinado pelos algozes, era espancado. “Nunca mais quero ouvir outra música do Abba na minha vida”, disse. “Eu odiava a banda antes, então realmente era uma tortura.”
O britânico foi capturado em abril pelos russos. Casado com uma ucraniana, ele havia servido ao Exército inglês antes e fora contratado pelo governo de Volodymyr Zelensky para lutar em Donbass, no leste ucraniano, e ocupada por separatistas russófonos. Moscou pretende anexar a região ao seu território.
Em junho, ele e outro combatente britânico, Aiden Aslin, foram condenados à morte pelos russos como mercenários em um julgamento.
Ambos foram soltos em uma grande troca de prisioneiros detidos em Mariupol. Além do grupo de dez estrangeiros do qual faziam parte, metade dos quais britânicos, outros 205 prisioneiros ucranianos ainda foram libertados pela Rússia. Kiev, em contrapartida, libertou 55 detidos russos.
Tortura e guerra: conflito entre Rússia e Ucrânia está longe de acabar
No fim de agosto, a invasão da Ucrânia pela Rússia completou seis meses. Sucessivas tentativas para se chegar a um acordo de paz não deram certo. As “sanções” ocidentais não surtiram os efeitos desejados na economia russa. E os invasores têm encontrado uma série de dificuldades no caminho para manter o controle administrativo de territórios que conseguiram ocupar. Seis meses depois do início do conflito, não há indícios de quando ele acabará.
“O mundo em que vivíamos até o dia 23 de fevereiro dificilmente voltará a existir”, avaliou Antonio Gelis Filho, doutor em administração de empresas e professor de geopolítica empresarial na Fundação Getulio Vargas em entrevista a Oeste. Para o especialista, o conflito entre os dois países não vai acabar tão cedo.
Se tocassem funk ou coisa do tipo, aí seria crime contra a humanidade
É que eles não conhecem a Anitta e Pablo Virar! Kkkk