O ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas retornou à prisão na cidade de Guayaquil, depois de receber alta de um hospital, nesta terça-feira, 9. Ele está em estado de saúde aceitável, de acordo com o Serviço Nacional de Atendimento Integral para Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (Snai).
Segundo a agência Reuters, Glas foi condenado duas vezes por corrupção e enfrenta novas acusações. Ele foi preso na sexta-feira 5, depois de uma incursão policial na Embaixada do México em Quito, onde morava desde dezembro.
A internação de Glas ocorreu na segunda-feira 8, em um hospital naval em Guayaquil. Isso depois de o serviço penitenciário afirmar que ele se recusou a comer a comida da prisão.
“De acordo com as avaliações realizadas pelo hospital, o cidadão apresenta parâmetros aceitáveis de saúde, dentro da faixa normal”, afirmou a Snai, em um comunicado no Twitter/X. Glas voltou à prisão Guayas 3.
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Os advogados de Glas se mostraram preocupados com o fato de o equatoriano não poder falar com sua equipe jurídica. A defesa advertiu repetidamente que a vida do político poderia estar em perigo na prisão.
“Ontem bloquearam minha entrada no hospital naval, o que significa que as regras humanas e as leis internacionais e nacionais foram violadas”, afirmou o advogado Eduardo Franco Loor. A defesa de Glas apresentou um pedido de moção para a sua libertação.
Ex-vice-presidente do Equador teria recebido suborno da Odebrecht
Jorge Glas foi vice-presidente do Equador de 2013 a 2017. Ele foi condenado a seis anos de prisão em 2017 por supostamente aceitar subornos da construtora brasileira Odebrecht em troca de contratos estatais.
Em 2020, Glas novamente se tornou alvo de condenações por usar dinheiro de empreiteiras para financiar campanhas ao movimento político do ex-presidente Rafael Correa. A sentença chegou a oito anos.
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Glas cumpriu mais de quatro anos de prisão antes de sua libertação, em 2022. Agora, ele enfrenta acusações de uso indevido de fundos de reconstrução depois de um terremoto devastador, em 2016. Para o ex-vice-presidente equatoriano, as acusações contra ele partem de motivações políticas, o que os promotores negam.
Lugar de corrupto é na cadeia.