Os dois principais líderes militares dos Estados Unidos (EUA), o secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o presidente do estado-maior conjunto, general CQ Brown, foram a Tel-Aviv para aconselhar o governo de Israel sobre as operações de combate contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
A ação tem como objetivo evitar uma guerra regional mais ampla. Para isso, os militares norte-americanos querem convencer o governo israelense a realizar uma transição de grandes operações para pequenas campanhas no enclave palestino que é controlado pelo Hamas.
A viagem de Austin e Brown a Israel ocorre no momento em que combatentes apoiados pelo Irã, os Houthis, lançaram uma onda de ataques contra navios no Mar Vermelho utilizando drones. O grupo terrorista, que tem base no Iêmen, afirmou que continuará as ações até que a “agressão” de Israel termine.
Leia mais:
Navios norte-americanos e britânicos interceptaram com sucesso o ataque de drones lançados pelos Houthi, segundo autoridades dos dois países. O ataque é o mais recente de uma série que ameaça a marinha dos EUA e navios comerciais no Mar Vermelho. Os conflitos aumentaram depois de Israel ter intensificado a sua resposta ao ataque do Hamas em outubro.
Experiência dos militares dos EUA que viajaram a Israel para falar de ações militares na Faixa de Gaza
Lloyd Austin e CQ Brown desempenharam papéis de liderança enquanto as forças aéreas e terrestres dos EUA faziam a transição de grandes operações de combate para um contraterrorismo menos intenso no Iraque e no Afeganistão. Não está claro, porém, até que ponto o aconselhamento dos militares sobre as lições aprendidas irá permear o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
No entanto, Netanyahu permanece com a estratégia de ampliar o combate contra os terroristas que controlam Gaza. Neste fim de semana, Netanyahu afirmou, em um discurso, que a morte de reféns israelenses baleados por engano por tropas do próprio país judaico partiram seu coração e “partiram o coração de toda a nação”. As vítimas levantavam bandeiras brancas e estavam sem camisa quando foram alvejadas.
Leia também: “Irã assassina agente da Mossad, agência de inteligência de Israel”
O primeiro-ministro israelense não afirmou, apesar da morte dos reféns, que haverá qualquer mudança na intensa campanha militar de Israel. Nesse sentido, reforçou o interesse de eliminar o grupo terrorista islâmico.
“Estamos empenhados como sempre em continuar até ao fim”, disse Netanyahu. “Até desmantelarmos o Hamas, até devolvermos todos os nossos reféns.”
A revolta pelos assassinatos deverá aumentar a pressão sobre o governo israelense para renovar as negociações mediadas pelo Catar com o Hamas sobre a troca de reféns com presos.
Alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan reiterou que não haverá mais libertações de reféns até que a guerra termine e Israel aceite as condições do grupo terrorista para uma troca. Netanyahu disse que Israel nunca concordaria com tais exigências.
Leia também: “Por que os jovens se solidarizam com o Hamas?”, artigo de Joanna Williams, da Spiked, publicado na Edição 195 da Revista Oeste
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da Associated Press
Nao adianta deixar a serpente meio morta, tem que cortar a cabeça e ponto final. NAO EXISTE NEGOCIAÇAO COM O TERRORISMO.