Em Bangladesh, pequeno país do sul da Ásia localizado entre a Índia e a China, cerca de 99% da população é muçulmana. No país asiático, portanto, os praticantes do Islã que se convertem à Fé Cristã enfrentam grandes dificuldades. A perseguição, produto da intolerância religiosa, é frequente. Durante os feriados muçulmanos, como o Ramadã, os cristãos são vigiados de perto e ficam mais vulneráveis a ataques.
Durante o Eid al-Fitr, tradicional banquete que encerra as celebrações do Ramadã, Jahid, um cristão de origem muçulmana, foi expulso de sua própria casa. Segundo a ONG Portas Abertas, ele tem 36 anos e vivia com a família em uma região remota, ao norte de Bangladesh. Convertidos à Fé Cristã há 13 anos, a família tem medo de assumir publicamente que abandonou o Islamismo. Jahid e sua família sofreram sérias consequências.
Jahid disse: “Meus parentes perceberam que eu não tenho ido à mesquita e que não jejuei durante o Ramadã. Eles tentaram me forçar a voltar ao islã, mas não cedi, por isso, eles nos expulsaram de casa. Não temos para onde ir”.
Pagando o mal com o bem
Jahid relatou à ONG que, apesar de sofrer perseguição por parte dos seus próprios parentes, reza todos os dias para o bem daqueles que expulsaram sua família de casa. Ele disse ainda que conta com as orações de cristãos em todo o mundo. Jahid afirma acreditar que, assim como ele, um dia os seus vizinhos se converterão a Jesus. “Meu coração dói por causa da perseguição, mas eu não os odeio. Eu os amo e oro para que eles conheçam a Deus”, disse Jahid. Ainda segundo a Portas Abertas, há parceiros locais que estão ajudando Jahid e sua família.
Discriminação desnecessária. Típica de países subdesenvolvidos com nível educacional quase que inexistente.