O Departamento Federal de Investigação (FBI) acusou na última quinta-feira, 14, o governo da Coreia do Norte de envolvimento em um roubo de mais de US$ 600 milhões em criptomoedas de uma empresa de videogames, não identificada pelo órgão em seu comunicado.
O episódio, acontecido em março, é mais um de uma série de ataques cibernéticos ligada ao governo, com sede em Pyongyang.
“Através de nossa investigação, pudemos confirmar que o Lazarus Group e o APT38, atores cibernéticos associados à República Popular Democrática da Coreia, são responsáveis pelo roubo de US$ 620 milhões em criptomoedas Ethereum, relatado em 29 de março”, informou o FBI em comunicado.
“O FBI, em coordenação com o Tesouro e outros parceiros do governo dos EUA, continuará a expor e combater o uso de atividades ilícitas pela Coreia do Norte, incluindo crimes cibernéticos e roubo de criptomoedas, para gerar receita para o regime.”
Condenado por ajudar norte-coreanos
Na última quarta-feira, um norte-americano especialista em criptomoedas foi condenado a pouco mais de cinco anos de prisão nos Estados Unidos por ajudar a Coreia do Norte a contornar sanções financeiras usando moedas virtuais. No julgamento, Virgil Griffith se declarou culpado por conspirar contra as leis de seu país.
A sentença, decidida pela Justiça norte-americana, foi a mínima dentro do pedido dos procuradores. Griffith corria o risco de passar mais de 20 anos na prisão pelos crimes financeiros. O especialista, de 39 anos, ainda foi multado em US$ 100 mil.
Em setembro do ano passado, Griffith se declarou culpado de conspirar contra a legislação dos EUA, ao viajar para Pyongyang, capital da Coreia do Norte, para fazer uma apresentação sobre a tecnologia blockchain. A viagem aconteceu em abril de 2019.