Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, encontraram uma leva de 180 fósseis jurássicos de peixes, répteis marinhos gigantes, insetos e lulas de cerca de 200 milhões de anos. A descoberta ocorreu em uma fazenda de gado, durante uma escavação atrás do estábulo da propriedade.
Dentre os achados, um dos que mais despertaram a atenção dos pesquisadores foi a cabeça de um peixe do gênero Pachyycormus, uma espécie extinta com nadadeiras raiadas, tecidos moles e um único olho. “Eu nunca vi nada parecido antes”, disse Sally Hollingworth, pesquisadora da Universidade de Birmingham, em entrevista ao site de ciências Live Science.
A equipe de estudiosos desenvolveu um modelo 3-D digital do resto mortal do peixe para ajudar nos estudos. Além dessa descoberta, outras espécies marinhas datadas da era toarciana (entre 183 milhões e 174 milhões de anos atrás) foram encontradas na fazenda britânica.
“Quando os peixes morreram, eles afundaram no mar”, explicou Dean Lomax, especialista em répteis marinhos fósseis da Universidade de Manchester, que também participou da escavação. “Assim como acontece com outros fósseis, os minerais do fundo do mar substituíram continuamente a estrutura original de ossos e dentes. Nesse caso, o local mostra que quase não houve esse processo. Assim que atingiram o fundo do mar, foram cobertos e protegidos imediatamente.”
O grupo planeja continuar estudando os achados e publicar os resultados em artigos científicos. Para os curiosos de plantão, será possível visualizar de perto logo mais os fósseis jurássicos no Museu do Parque da Cidade de Stroud, no Reino Unido.